Câmara luso-chinesa e OVIA querem atrair capital chinês para Oeiras
A Oeiras Valley Investment Agency e a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa assinaram hoje um acordo para atrair empresas de capital chinês para o município português, declarou o presidente da entidade promotora das relações China-Portugal.
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Economia Oeiras
O protocolo entre a Oeiras Valley Investment Agency (OVIA) e a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC) foi formalizado em Macau durante um encontro empresarial, no terceiro e último dia da 6.ª conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum de Macau.
A OVIA pretende "captar investimento" e fazer a "projeção internacional" do município de Oeiras e das empresas locais, indicou o presidente da administração da agência sem fins lucrativos à Lusa em 2022, quando esta foi apresentada.
"A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa tem todo o interesse em estar com eles neste projeto, porque vai se calhar permitir a atração de mais empresas de capital chinês para essa região na área dos serviços, na área do IT [Tecnologias de Informação], na área da tecnologia", referiu o presidente da CCILC, Carlos Cid Álvares, notando que Oeiras tem atraído muitas empresas de diferentes países.
Na direção inversa, acrescentou o responsável, a câmara tem interesse também que os empresários de Oeiras "caminhem no sentido de Macau, no sentido de Hengqin e no sentido da Grande Baía".
A Grande Baía é um projeto de Pequim que visa criar uma metrópole mundial a partir de Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, com mais de 60 milhões de habitantes.
Também lançado por Pequim, em 2021, a iniciativa da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin abarca uma área de cerca de 106 quilómetros quadrados e uma população de mais de 53 mil habitantes.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003 e, nesse mesmo ano, criou o Fórum de Macau.
Este mecanismo multilateral integra, além da China, nove países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Cinco conferências ministeriais foram realizadas no território em 2003, 2006, 2010, 2013 e 2016, durante as quais foram aprovados Planos de Ação para a Cooperação Económica e Comercial.
Inicialmente prevista para 2019, a sexta conferência ministerial foi adiada para junho de 2020, mas com a pandemia da Covid-19 acabou por não se realizar.
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