"Acreditamos que os resultados em 2024 vão ficar abaixo de 2023", de 524 milhões de euros, afirmou João Pedro Oliveira Costa na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do primeiro trimestre deste ano (121 milhões de euros).
Nesse sentido, Oliveira e Costa acrescentou que os resultados para este ano deverão ser melhores do que as previsões que o banco tem.
Segundo explicou, a margem financeira (a principal receita de um banco, sendo a diferença entre juros cobrados nos créditos e juros pagos nos depósitos) irá baixar devido ao aumento dos juros dos depósitos, menos concessão de crédito e concorrência entre bancos por crédito o que reduz o seu preço.
Também deverá ter impacto na redução das receitas a previsível baixa das taxas diretoras pelo Banco Central Europeu (BCE), impactando, assim, as taxas de juro cobradas nos contratos de crédito.
Oliveira e Costa antecipou ainda um abrandamento na concessão de crédito, desde logo de crédito à habitação e que parte significativa do novo crédito à habitação existente são transferências de crédito que têm de ser contabilizadas como novas operações.
Já quanto a custos previu que se manterão relativamente estáveis.
O BPI, detido pelo grupo espanhol Caixabank, teve lucros consolidados de 121 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 43% em termos homólogos.
A margem financeira cresceu 19% face ao primeiro trimestre de 2023 para 245 milhões de euros. Já em relação ao último trimestre de 2023 a margem financeira caiu, pois então foi de 255 milhões de euros.
A perspetiva de analistas para o setor bancário é que os resultados este ano fiquem abaixo dos registados em 2023, um ano recorde em que os bancos beneficiaram do aumento das taxas de juro.
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