"Na zona euro, vamos cortar as taxas em junho e, dependendo dos dados da inflação, é provável que haja outro corte em julho. Depois do verão, voltaremos a ver", disse o economista ao portal de notícias Liberal.gr.
"Os dados do Eurostat (da passada quarta-feira) tornam agora mais prováveis três cortes, em vez de quatro, em 2024. Refiro-me, sobretudo, aos dados do crescimento económico da zona euro", disse Stournaras, referindo-se à revisão em alta das perspetivas de crescimento, que descreveu como uma "surpresa positiva".
A economia da zona euro voltou a crescer no primeiro trimestre, com um aumento de 0,3% entre janeiro e março face ao trimestre anterior.
O responsável disse que se este ritmo de crescimento económico se mantiver, "é provável que o crescimento dos preços no consumidor seja ligeiramente superior" à previsão que fizeram em março, mas, ainda assim, sem comprometer o objetivo de 2% até meados de 2025.
"Quando começarmos a baixar as taxas e a inflação continuar a evoluir de acordo com as nossas últimas previsões, não devemos parar até atingirmos a taxa de equilíbrio", explicou o governador do banco central grego, que é também membro do Conselho de Administração do BCE.
"Penso que veremos o custo do dinheiro cair significativamente, mas isso não significa que voltará ao ponto em que estava antes do início da guerra na Ucrânia", concluiu Stournaras.
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