"Eu ouço há muitos anos que a Sonangol ia sair e a Sonangol permanece firme e tem dado um apoio muito grande ao banco. A Fosun retirou a sua participação para 20%, que é uma versão muito relevante", afirmou à agência Lusa o presidente executivo (CEO) do BCP, à margem da feira agropecuária Ovibeja, que decorre até domingo, em Beja.
Segundo Miguel Maya, o BCP tem "um 'free float' [ações dispersas no mercado] de 60%, quando os maiores bancos europeus têm muito mais do que isso".
"Portanto, estou muito tranquilo com a estrutura acionista do banco. Não tenho nenhuma resposta em concreto relativamente a esses temas, são perguntas que devem fazer aos acionistas", disse.
O BCP "tem condições, e cada vez terá melhores condições, para ter uma estrutura acionista forte", insistiu.
O BCP tem como principal acionista o grupo chinês Fosun, com uma participação de 20,3% depois de, em janeiro, ter vendido aproximadamente 5,60% do capital do banco pelo valor de cerca de 235,188 milhões de euros.
Em 23 de janeiro, após a venda, o presidente do Conselho de Administração do BCP (presidente não executivo), Nuno Amado, recusou comentar aos jornalistas a operação, dizendo apenas que o banco "está bem e recomenda-se".
O segundo maior acionista do BCP é a petrolífera angolana Sonangol, que no final do ano passado tinha 19,49% do banco.
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