Assim, os lucros de Caixa Geral de Depósitos (CGD), BPI, Millennium BCP, Novo Banco e Santander Totta cresceram 305,1 milhões de euros no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Para estes resultados, contribuiu a valorização da margem financeira -- a diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos --, que no acumulado dos três meses ultrapassou os 2.397,9 milhões de euros, mais 19,9% do que no ano anterior.
A CGD, que apresentou hoje os seus resultados, conseguiu os maiores lucros entre as analisadas, com 394,5 milhões de euros, mais 38,4% que no mesmo período de 2023, tendo a sua margem financeira subido 16,9% para 716,5 milhões de euros.
O banco público anunciou que irá entregar ao seu único acionista, o Estado, cerca de 770 milhões de euros em dividendos no segundo trimestre do ano, impostos, custos regulatórios e rendas do edifício sede.
Entre os privados, o Santander Totta foi quem apresentou lucros mais elevados entre janeiro e março.
Com um aumento de 58,4%, os lucros do Santander Totta atingiram os 294,4 milhões de euros até março, contra 185,9 milhões de euros um ano antes. A margem financeira da instituição aumentou 64,6% em termos homólogos para 440,6 milhões de euros.
No mesmo sentido, o BCP registou lucros de 234,3 milhões de euros, contra 216,1 milhões de euros em termos homólogos. No trimestre em análise, a margem financeira consolidada subiu 4,8%, para 696,2 milhões de euros.
Já o Novo Banco registou um resultado positivo de 180,7 milhões de euros nos primeiros três meses, mais 21,8% que em 2023, tendo a sua margem financeira subido 21,4%, para 299,0 milhões de euros.
O BPI viu os seus lucros subirem 43,2% no trimestre inicial do ano, para 121,3 milhões de euros, enquanto a margem financeira da instituição do Grupo Caixabank aumentou 18,0%, para 245,6 milhões de euros.
Desde que o Banco Central Europeu (BCE) começou a subir as taxas de juro diretoras em meados de 2022, para combater a inflação, que isso tem tido impacto no aumento dos créditos dos clientes bancários indexados a taxa de juro variável (sobretudo Euribor).
Tal tem apoiado os lucros dos bancos que, desde então, viram a sua margem financeira sair beneficiada pelas altas taxas de juro nos empréstimos e lenta subida das taxas de juro nos depósitos.
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