Wall Street acaba sem rumo com 1.º recorde do Dow além de 40 mil pontos
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje, em ordem dispersa, uma sessão sem grande entusiasmo, com os investidores a recuperarem depois dos recordes estabelecidos esta semana.
© Lusa
Economia Bolsas
Os resultados finais indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average acabou em alta, com um novo recorde, ao fechar acima do limiar simbólico dos 40 mil pontos (40.003) pela primeira vez na sua história.
Na quinta-feira tinha superado esta marca, antes de se contrair.
Dos outros índices, o tecnológico Nasdaq cedeu 0,07%, ao passo que o alargado S&P500 avançou 0,12%.
Esta semana "estabeleceram-se novos recordes e [mas] o entusiasmo foi interrompido", comentou Karl Haeling, da LBBW.
Na quarta-feira, estes três índices bolsistas tinham fechado em níveis inéditos.
Depois, apenas o Dow conseguiu resistir e inclusive melhorar.
"Os investidores escolheram consolidar, o que é saudável, porque se estava a ir a toda a velocidade e a cair na exuberância", na opinião de Karl Haeling.
Claramente atrás do Nasdaq em termos de valorização em 2023 [55% versus 14%], o Dow Jones, este ano, pelo contrário, apresenta-se em forma, apoiado na sua diversificação além dos valores tecnológicos.
Hoje, por exemplo, o seu desempenho agregado assentou na Caterpillar (+1,58%) e no JPMorgan Chase (+1,15%), o qual inclusive, fechou em nível recorde.
Na agenda do dia, em termos de indicadores, a única notícia foi a relativa ao indicador avançado de conjuntura da Conference Board, que apresentou uma baixa de -0,6%, o dobro do que os economistas esperavam.
Os indicadores das últimas semanas testemunham quase todos um arrefecimento da economia norte-americana, mas são bem recebidos pelos investidores, uma vez que isso aponta para uma descida da taxa de juro de referência da Reserva Federal (Fed).
"Vai ser preciso mais" para inquietar os investidores com uma degradação da conjuntura económica, apontou Karl Haeling, que recordou que a estimativa em tempo real de crescimento da economia dos EUA para 2024, feita pelo banco da Fed em Atlanta, é ainda de 3,6%.
Para este analista, "as ações vão continuar a subir", depois de uma fase de consolidação.
"Neste momento, há apetite pelo risco", sintetiza Haeling, que aponta ainda para as cotações elevadas do cobre e do ouro, além das ações.
Leia Também: Bolsa de Nova Iorque negoceia em alta ligeira numa semana de recordes
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com