No seu relatório anual sobre a economia italiana, divulgado na segunda-feira, o FMI instou o Governo a reduzir o défice, a dívida e os atrasos na gestão de fundos europeus para a recuperação após a pandemia, de forma a garantir a estabilidade económica e a confiança dos investidores.
O FMI assinalou que a economia italiana demonstrou resiliência ao recuperar do impacto da pandemia e do aumento de preços da energia, graças ao turismo e a um apoio político importante.
"Mas olhando para o futuro, a dinâmica não é favorável, uma vez que se espera que o crescimento económico desacelere e depois recupere, mas continuando fraco, enquanto o custo efetivo de financiamento da dívida aumentará", avisou o FMI.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Itália que ficou 0,9% em 2023, desacelerou para 0,6% no primeiro trimestre de 2024, face ao mesmo período do ano passado, com uma previsão de 0,7% para 2025.
Segundo o FMI, "justifica-se um ajustamento orçamental mais rápido do que o previsto para reduzir o rácio da dívida com grande confiança e reduzir os riscos de financiamento".
Sobre o sistema bancário italiano, o organismo afirmou que continua a ser sólido, mas que os riscos para a estabilidade podem aumentar à medida que a política monetária seja menos restritiva e se atenuem os efeitos das medidas excecionais de apoio.
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