Eurelectric quer associar infraestrutura energética à biodiversidade

A associação europeia de produtores de eletricidade, Eurelectric, apelou hoje à União Europeia (UE) para aprovar definitivamente a Lei de Restauração da Natureza, uma das bandeiras do Pacto Ecológico bloqueada pelos Estados-membros.

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Lusa
13/06/2024 06:37 ‧ 13/06/2024 por Lusa

Economia

Eletricidade

"A Eurelectric insta os decisores políticos a implementarem rapidamente o pacote climático para 2030 e a adotarem a Lei de Restauração da Natureza pendente", frisou esta associação, em comunicado.

As empresas elétricas acompanharam este pedido com um relatório no qual salientam, em termos gerais, que a implantação de infraestruturas renováveis pode contribuir para a proteção da biodiversidade.

Defendem, por exemplo, a introdução de critérios verdes nos leilões de energias renováveis e a concessão de incentivos fiscais para aqueles que assinam acordos privados de compra de energia alinhados com uma estratégia de biodiversidade.

"Um quadro de biodiversidade da UE também deve harmonizar as muitas métricas hoje disponíveis e fornecer orientações para a integração da biodiversidade nos setores económicos", acrescenta a Eurelectric, que lembrou que a biodiversidade "está em declínio a um ritmo alarmante, com um milhão de espécies em risco de extinção em todo o mundo".

"Adotar medidas verdes que possam acelerar a implantação de infraestruturas energéticas para cumprir os nossos objetivos climáticos", defendeu o secretário-geral da Eurelectric, Kristian Ruby.

Os benefícios desta abordagem, acrescenta a associação, transcendem a proteção da natureza, uma vez que os promotores podem melhorar a sua reputação e obter aceitação social para as suas instalações, evitando assim atrasos devido a preocupações públicas.

A análise apresentada pela Eurelectric inclui também casos específicos em que as infraestruturas energéticas podem contribuir para a proteção da biodiversidade, como é o caso de Espanha, com o projeto do parque solar Verbund na cidade andaluza de Pinos Puente, onde existem passadiços, arbustos e caixas de nidificação para encorajar a coexistência da produção de eletricidade e da fauna local como o falcão peneireiro-das-torres, com os dados a indicarem que dez casais destas aves utilizam as instalações.

Leia Também: Angola chega a 2030 a produzir 1,04 milhões de barris de petróleo por dia

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