Ações do BCP sobem 8% na bolsa após anúncio de recuperação do banco polaco

As ações do banco BCP estavam hoje, pelas 15:45 de Lisboa, a subir 8% para 0,355 euros na bolsa de Lisboa, após o anúncio da conclusão do plano de recuperação da operação que tem na Polónia.

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© Luis Boza/NurPhoto via Getty Images

Lusa
20/06/2024 16:54 ‧ 20/06/2024 por Lusa

Economia

BCP

Pelas 15:45, as ações do banco BCP avançam 8,09% para 0,355 euros e contribuíam para levar o índice PSI20 a subir 1,16% para 6.646,41 pontos.

Segundo disse à Lusa a corretora XTB, esta valorização deve-se ao anúncio na quarta-feira da recuperação do Millennium Bank.

"Isto significa que, além da rentabilidade e dos resultados financeiros do banco terem melhorado, bem como os rácios de capital, os acionistas não vão ser chamados a recapitalizar o banco, através de um aumento de capital, o que foi suficiente para a corrida à compra das ações do BCP", afirmou o analista Nuno Mello à Lusa.

Esta quarta-feira, o banco polaco detido pelo BCP (Bank Millennium) anunciou a conclusão do plano de recuperação, considerando que foi alcançada "a totalidade dos principais pressupostos" e atingidos "níveis seguros" nos indicadores definidos (como rentabilidade e capital).

O banco polaco do BCP lançou um plano de recuperação há cerca de dois anos, na sequência de problemas com os créditos concedidos no passado em francos suíços.

Recentemente houve notas de análise de casas de investimento a recomendar ações do BCP. Uma análise da Jefferies, citada pela Reuteurs, recomenda a compra de ações do banco e considera que o capital acumulado irá levar a que remunere melhor os acionistas de futuro.

O 'site' do BCP, além da recomendação de compra da Jefferies, também dá conta de uma nota da Alantra Equities a recomendar aquisição de ações do banco.

O BCP teve lucros de 856 milhões de euros em 2023 (quatro vezes mais do que os 197,4 milhões de euros de 2022) e vai pagar 257 milhões de euros em dividendos (30% dos lucros).

Já para este e os próximos anos, o presidente executivo do BCP, Miguel Maya, tem afirmado que o banco irá adotar uma política de dividendos "bastante mais expressiva", defendendo uma distribuição de lucros igual ou superior a 50%.

Segundo Maya, "um banco precisa de investidores" e "os investidores para investirem num banco têm de ter remuneração".

Maya tem ainda dito que o banco tem hoje condições de ter mais capital disperso, e menos nas mãos de grandes investidores, perante notícias de que a chinesa Fosun pondera vender a participação de 20% no banco (depois de em janeiro ter vendido uma participação de 5,6%).

O BCP tem mais de 100 mil acionistas, sendo os maiores a chinesa Fosun com 20% e a angolana Sonangol com 19,49% do capital. O Grupo EDP detém 2,06%, segundo a última informação pública.

Leia Também: PSI em alta com BCP e Mota-Engil a subirem quase 6% e mais de 3%

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