"Temos, e isso talvez seja a sua maior originalidade, uma comissão permanente de concertação social tripartida entre empresas, trabalhadores e Governo. É precisamente o facto de termos estas valências que nos dá a capacidade de intervirmos de uma forma continuada e de sermos uma plataforma de diálogo", assinalou o presidente da CCP, João Vieira Lopes, no parlamento
Vieira Lopes, que falava na conferência "O presente e o futuro da concertação social", defendeu que esta característica da concertação social em Portugal é o que lhe dá "bastante força", o que disse ser comprovado pela própria história.
O presidente da CCP lembrou que existiram diversos formatos de governo, crises, a intervenção da 'troika', a pandemia, e uma série de situações inesperadas, que não impediram a realização de acordos.
A confederação notou também que é preciso melhorar o acordo para a melhoria dos rendimentos, alcançado em concertação social, uma vez que este é insuficiente, nomeadamente, no que diz respeito à capacidade de intervenção e competitividade das empresas.
"Temos de trabalhar e olhar para o futuro tendo em conta os grandes desafios que se apresentam à economia e à sociedade, como a sustentabilidade da Segurança Social e a falta de mão-de-obra", concluiu.
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