Sete em cada 10 inquiridos consideram que "o mercado internacional vai registar um aumento do número de turistas, de dormidas, de receitas e da receita por quarto disponível (RevPar) nos próximos meses", mostram as conclusões da 71.ª edição do Barómetro do Turismo elaborado pelo IPDT -- Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo.
O inquérito, realizado entre 26 de março e 02 de abril deste ano, com um total de 51 respostas válidas, dá ainda nota de que o mercado norte-americano irá liderar no crescimento dos principais mercados emissores de turistas em Portugal, tal como verificado nas edições anteriores.
Quanto à evolução do mercado interno, o barómetro prevê um aumento das receitas turísticas e do RevPar.
Já o nível de confiança médio no desempenho do turismo atingiu os 84,2 pontos em março deste ano, o segundo valor mais elevado observado desde abril de 2016.
As últimas seis edições do Barómetro do Turismo comprovam um crescimento do indicador e a recuperação do nível de confiança no setor no pós-pandemia de covid-19, sendo que desde a edição de maio de 2022 que o nível de confiança está acima dos 80 pontos.
Apesar da alteração do governo português gerar "alguma incerteza", assim como o "contexto bélico internacional", os membros do painel mostram-se confiantes em relação ao crescimento da procura, especialmente, pelos mercados estrangeiros.
Além disso, os profissionais inquiridos estão confiantes de que a escolha dos turistas no verão deste ano vai recair, sobretudo, no produto "Sol e Mar", seguindo-se a "Gastronomia e Vinhos" e a "Cultura".
Com base no contributo do painel foi desenvolvido o "TOP 5" de prioridades a serem consideradas pelo novo governo liderado por Luís Montenegro, com mais de 60% dos profissionais a identificarem o alívio da carga fiscal como a principal prioridade a tomar.
De acordo com o Barómetro do Turismo, quatro em cada 10 membros destacaram a necessidade de decisão governamental em relação à localização do novo aeroporto de Lisboa.
O "número de pessoas empregadas", a "procura turística externa" e a "atividade do turismo" apresentam-se como os indicadores com maior tendência de crescimento, segundo o estudo.
O "cenário otimista" para o mercado de trabalho e para o setor do turismo irá "contribuir positivamente" para o crescimento da economia nacional, adianta.
Por outro lado, é expectável que o "investimento público" venha a diminuir nos próximos meses, sendo que 80% dos inquiridos afirmou acreditar que este indicador possa vir a manter ou, mesmo, a diminuir o seu desempenho.
O barómetro mostra que oito em cada 10 inquiridos consideram que o mercado norte-americano vai aumentar a sua representatividade como mercado emissor de turistas no verão de 2024, em Portugal.
A acompanhar esta perceção de "crescimento acentuado", seguem-se os mercados do Canadá, Brasil e Espanha.
Os mercados japonês e italiano, por seu turno, deverão manter um desempenho semelhante ao período homólogo em análise, enquanto no caso do mercado alemão, 30% dos profissionais inquiridos preveem a possibilidade de um ligeiro decréscimo.
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