Dados hoje divulgados pelo gabinete estatístico comunitário, o Eurostat, indicam que, nos primeiros três meses deste ano, a UE importou 183,8 milhões de toneladas de produtos energéticos, num total de 95,5 mil milhões de euros.
Estes números representam uma diminuição de 10,4% em massa líquida e um decréscimo de 26,4% no valor, na comparação homóloga com o ano anterior.
No que toca ao gás natural importado em estado gasoso, registou-se uma descida de 11,7% no volume de importações e de 56,8% no valor.
Já no gás natural liquefeito (GNL), a UE importou menos 11,4% e pagou menos 54,1%.
Em ambos os casos, "a diminuição significativa do valor refletiu a descida dos preços do gás natural após o aumento dos preços em 2022, enquanto a diminuição do volume deve ser vista no contexto do plano de redução da UE, em que os países da UE se comprometeram a reduzir o seu consumo de gás em, pelo menos, 15%", explica o Eurostat.
Quanto aos óleos de petróleo importados, tanto o volume como o valor permaneceram estáveis ao registarem, respetivamente, uma diminuição de 0,9% e um aumento de 0,4% na variação homóloga entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.
Relativamente aos principais fornecedores de energia à UE nos primeiros três meses do ano, quase metade do gás natural em estado gasoso foi importado da Noruega (46,6%), seguindo-se a Argélia (19,7%) e só depois a Rússia (17,3%), dadas as medidas adotadas na UE para reduzir a dependência do abastecimento russo, que chegou a representar 40% antes da invasão russa da Ucrânia.
No GNL, os Estados Unidos forneceram quase metade das importações (47,4%), à frente da Rússia (17,7%) e da Argélia (9,9%).
Ainda no primeiro trimestre de 2024, a maior parte das importações europeias de óleos de petróleo da UE provinha dos Estados Unidos (17,1%), da Noruega (13,6%) e do Cazaquistão (10,9%).
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