Confiança das empresas moçambicanas sobe há 4 trimestres consecutivos
A confiança nas empresas moçambicanas voltou a crescer no segundo trimestre, pela quarta vez consecutiva, nomeadamente devido ao aumento das expectativas de procura, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Economia Moçambique
De acordo com o Indicador do Clima Económico das Empresas (ICEE), a que a Lusa teve hoje acesso, o "clima económico das empresas continuou em recuperação ligeira no segundo trimestre" deste ano.
"Esta conjuntura favorável foi influenciada, por um lado, pelo aumento ligeiro das expectativas da procura e, por outro, pelo aumento ténue das expectativas de emprego no trimestre em referência", lê-se.
Trata-se do "quarto trimestre consecutivo" de crescimento deste indicador, refere o INE.
O ICEE compila a opinião dos agentes económicos, incluindo gestores de empresas, sobre a evolução corrente da sua atividade e expectativas a curto prazo, particularmente sobre emprego, procura, encomendas, preços, produção, vendas e limitações da atividade.
Este indicador atingiu o mínimo mais recente de 82 pontos no quarto trimestre de 2021 e subiu para o máximo de cerca de 100 pontos no segundo trimestre deste ano, segundo os dados do INE.
"A avaliação favorável do clima económico, no trimestre em análise, deveu-se, setorialmente, à apreciação favorável do indicador em todos os setores alvos do inquérito, com maior destaque para o ramo económico do comércio que aumentou substancialmente em comparação com o trimestre anterior", lê-se no ICEE.
Acrescenta igualmente que o indicador da expectativa da procura "continuou com a trajetória crescente pelo quarto trimestre consecutivo, tendo o seu saldo atingido o nível mais alto desde o primeiro trimestre de 2020", comportamento que se deveu "principalmente às subidas das previsões da procura nos setores de produção industrial e de comércio que permitiram superar a queda do indicador no setor de serviços".
Já o indicador relativo à expectativa de emprego "mostrou sinais de recuperação" no segundo trimestre, "após uma queda ligeira no trimestre anterior, tendo, mesmo assim, o seu respetivo saldo se situado abaixo da média dos últimos três meses".
"Esse aumento do indicador ficou a dever-se a uma apreciação nos setores de serviços e de comércio, não obstante a depreciação do ramo da produção industrial, comparativamente ao trimestre anterior", aponta ainda o ICEE.
O indicador de expectativa de preços, refere o relatório do INE, "voltou a diminuir de forma ligeira" no mesmo período, comparando com o primeiro trimestre do ano, influenciado pela "diminuição substancial do indicador nos setores de serviços e de comércio, apesar do aumento no ramo empresarial de produção industrial".
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