O lucro bruto da Nokia entre janeiro e junho foi de 4.146 milhões de euros, menos 3,7% relativamente ao período homólogo, enquanto o lucro operacional caiu 6%, para 836 milhões.
A tecnológica finlandesa, um dos maiores fabricantes mundiais de redes de telecomunicações, a par da chinesa Huawei e da sueca Ericsson, faturou no primeiro semestre 8,91 mil milhões de euros, menos 19% do que no período homólogo.
A Nokia atribuiu esta queda à fraqueza do mercado global de equipamentos de telecomunicações e à queda acentuada nas vendas na Índia durante o segundo trimestre, na sequência dos grandes investimentos feitos pelo país asiático há um ano para implantar as redes de quinta geração (5G).
No entanto, a empresa finlandesa destacou, em comunicado, que continua a receber novas encomendas, pelo que está confiante de que a faturação melhorará durante o segundo semestre do ano.
As vendas da Nokia entre janeiro e junho caíram 45% em termos anuais na região Ásia-Pacífico, para 2.015 milhões de euros, uma descida especialmente pronunciada na Índia, onde o volume de negócios baixou 69%.
No continente americano, as vendas diminuíram 19%, para 2.763 milhões de euros, com quedas de 20% na América do Norte e de 16% na América Latina.
Por outro lado, a Nokia aumentou em 6% as receitas na região da Europa, Médio Oriente e África, para 4.133 milhões de euros, graças ao aumento dos 'royalties' de licenças e patentes.
A Mobile Networks, negócio de redes de telecomunicações móveis, faturou 3.547 milhões de euros, menos 32% em termos homólogos, devido ao abrandamento na implantação de redes 5G, especialmente na Índia.
Esta área de negócios registou um lucro operacional de 129 milhões de euros, menos 62% face ao período homólogo, embora tenha sido, mais uma vez, o negócio que mais receitas gerou para a empresa.
A única nota claramente positiva foi dada pela Nokia Technologies, responsável pela gestão da sua carteira de patentes e licenças, cujo volume de negócios aumentou 93%, para 1.113 milhões de euros, alcançando um lucro operacional de 916 milhões, mais 138%.
Estas receitas incluem a utilização da sua propriedade intelectual por terceiros -- entre outras, as patentes de equipamentos 5G -- e 'royalties' provenientes da venda de telemóveis da marca Nokia, fabricados sob licença e exclusivamente pela empresa finlandesa HMD Global.
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