No aviso, a ARC refere que recebeu uma notificação, com efeitos a 08 de julho, "de operação de concentração de empresas" e que aguarda, durante 15 dias, "quaisquer observações sobre a operação de concentração em causa".
A operação "consiste na aquisição, pela Hollard Moçambique Companhia de Seguros, S.A. (Hollard Moçambique), de 100% do capital social da seguradora Global Alliance Seguros, S.A. (Global Alliance), formalizada através de um contrato de compra e venda celebrado a 28 de junho do ano corrente", lê-se no aviso.
O regulador recorda que a Hollard Moçambique, que segundo os últimos dados oficiais disponíveis ascendeu à liderança do mercado segurador em 2023, com 16,5% de quota, atua nos seguros gerais, incluindo incêndio, automóvel, aviação, acidentes pessoais, responsabilidade patronal, acidentes de trabalho, garantias e modalidades diversas, assim como à atividade de seguro do ramo Vida e à gestão de fundos de pensões.
A Global Alliance, sociedade anónima de direito moçambicano, dedica-se à atividade seguradora nos ramos Vida e Não-Vida, designadamente, seguros de vida, de acidentes pessoais, de acidentes de trabalho, de acidentes pessoais e doenças, de incêndio e elementos da natureza, de automóvel, marítimos, aéreos, de transportes e de responsabilidade civil geral.
A seguradora estatal Empresa Moçambicana de Seguros (Emose) liderava o mercado nacional, mas em 2023, segundo dados do seu relatório e contas, perdeu quota de mercado (ficou com 14,4%) para a Hollard, que ascendeu à liderança, e para a portuguesa Fidelidade (14,8%).
O mercado segurador de Moçambique conta com 19 empresas autorizadas e era liderado há mais de 40 anos pela Emose, criada dois anos após a independência nacional através da nacionalização e fusão das seguradoras Lusitânia, Tranquilidade de Moçambique e a Nauticus.
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