Diogo Caldas falava durante uma visita do primeiro-ministro Luis Montenegro à fábrica da Refriango, em Viana (Luanda), que hoje cumpre o segundo dia da sua agenda oficial em Angola.
A Refriango, pertencente ao Nutrigroup, foi fundada em 2005 e opera em vários setores, desde a indústria ao retalho, passando pelo agronegócio e alimentação, trabalhando também com parceiros de diferentes áreas.
Diogo Caldas salientou que a operação na RDCongo começou em 2023, estando a fábrica atualmente em construção e com previsão de iniciar a produção em janeiro do próximo ano, num investimento de 75 milhões de dólares (69,13 milhões de euros).
Este é um dos pilares do crescimento internacional da empresa, sublinhou, lembrando que este é um mercado com 100 milhões de pessoas.
"Então decidimos avançar com investimento para produção local de alguns produtos. A ideia será também manter a exportação", adiantou.
O responsável realçou que a exportação "é uma alavanca relevante" para a Refriango, considerando a situação atual das divisas.
"É algo que temos de trabalhar e encontrar alternativas", destacou.
O primeiro-ministro, Luis Montenegro, afirmou, no final da visita, que incluiu também a Powergol, empresa que opera no setor de eletricidade, energia e telecomunicações, a "confiança" na capacidade nacional, sublinhando a importância destes dois "exemplos magníficos" e do conhecimento nacional para alavancar a economia de Angola.
Este é também "um bom impulso para a capacidade internacionalização da economia portuguesa", acrescentou, elogiando a capacidade técnica e empresarial nacional.
"É um exemplo "do que somos capazes", afirmou sobre a Refriango, "um colosso industrial", lembrando que o grupo nasceu em Portugal.
A Refriango é neste momento o maior investimento industrial português em Angola, tendo-se especializado na produção e distribuição de refrigerantes, sumos, águas, bebidas energéticas e bebidas alcoólicas com uma das maiores unidades industriais do continente africano, em Luanda.
A Refriango faz parte do Nuvi Group, o conglomerado familiar do empresário português Luís Manuel Vicente, cuja atividade em Angola remonta aos anos 90.
A Refriango já investiu mais de 600 milhões de euros em Angola, empregando mais de 7.000 pessoas, sendo cerca de 160 expatriados de nacionalidade portuguesa, e exporta para diversos mercados regionais, como a RDCongo, Namíbia, África do Sul, Guiné-Conacri, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
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