"Após resultados atribuíveis aos interesses que não controlam, a Corticeira Amorim encerrou o primeiro semestre de 2024 com um resultado líquido de 36,5 milhões de euros, uma redução de 28,9% face ao período homólogo", que reflete "a inclusão de custos não-recorrentes (5,3 milhões de euros), bem como o aumento dos encargos financeiros em consequência do maior nível de endividamento", destacou.
As vendas consolidadas do grupo totalizaram, neste período, 500,7 milhões de euros, um decréscimo de 7,1% face ao período homólogo de 2023.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) consolidado ascendeu a 94,4 milhões de euros, uma redução de 9% em termos homólogos, "pressionado por maiores preços de consumo de matérias-primas cortiça e pelo efeito da desalavancagem operacional".
Todas a unidades de negócio da Corticeira Amorim "registaram uma redução das vendas decorrente, na generalidade, de menores níveis de atividade, exceto a Amorim Cork Composites, cujas vendas ascenderam a 60,0 milhões de euros, um crescimento de 3,2% face ao primeiro semestre de 2023", disse o grupo.
Assim, "o contexto adverso do mercado, nomeadamente no que diz respeito à performance dos volumes, continuou a penalizar as vendas da Amorim Cork", com um decréscimo de 7,1% face ao período homólogo.
Segundo o grupo, a dívida remunerada líquida ascendia a 237,5 milhões de euros, sendo que, "apesar do acréscimo das necessidades de fundo de maneio (30,0 milhões de euros), do pagamento de dividendos (26,6 milhões de euros) e do aumento do investimento em ativo fixo (22,2 milhões de euros), foi possível reduzir a dívida líquida em 3,4 milhões de euros face ao final de dezembro de 2023".
"No primeiro semestre anunciámos um novo modelo organizativo, com a criação, em janeiro de 2025, da Amorim Cork Solutions, que agregará três Unidades de Negócio (UN): Amorim Cork Flooring, Amorim Cork Composites e Amorim Cork Insulation", lembrou o presidente do grupo, António Rios de Amorim, citado na mesma nota.
Segundo o gestor, o grupo acredita que "esta nova UN conduzirá a uma gestão mais eficiente das operações 'não rolha' e potenciará sinergias industriais, comercias e de suporte, decorrentes da partilha de meios e recursos", assim como "a otimização da capacidade produtiva instalada e das tecnologias".
Este ano, destacou, "fica marcado pelo aumento significativo do preço de consumo de cortiça, reflexo da subida dos preços na campanha de 2023, por condições de mercado desafiantes, com baixa visibilidade e pressão sobre os volumes, e pela reestruturação da Amorim Cork Flooring".
[Notícia atualizada às 17h49]
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