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Greve de técnicos da Águas do Algarve afeta faturação às autarquias

A greve de hoje dos técnicos operativos do Departamento de Operação de Água (DOA) da Águas do Algarve, que reclamam o aumento de salários e a requalificação de carreira, afetou a faturação às autarquias, indicou fonte sindical.

Greve de técnicos da Águas do Algarve afeta faturação às autarquias
Notícias ao Minuto

15:17 - 31/07/24 por Lusa

Economia Greve

"Houve adesão total à greve na parte da noite, na parte da manhã estamos a 75% -- houve um trabalhador que foi trabalhar -- e estamos em serviços mínimos. Há uma grande adesão à greve e a faturação mensal [às autarquias] só muito parcialmente é que está a ser realizada", disse à Lusa Luís Fernandes.

 

O membro da comissão sindical da empresa e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul) falava à margem da concentração de cerca de uma dezena e meia de trabalhadores em frente à sede da empresa, em Faro.

Estes técnicos operativos "tratam, produzem e distribuem toda a água que o Algarve recebe e que todos os cidadãos algarvios consomem", explicou Luís Fernandes, especificando que estão em causa 33 funcionários.

A greve, que implica a paralisação entre as 00h00 e as 23h59 de hoje, foi marcada para o último dia do mês, em que normalmente ocorre a leitura mensal às câmaras municipais servidas pela Águas do Algarve, empresa responsável pelo fornecimento de água em alta aos 16 municípios do Algarve e que integra o grupo Águas de Portugal.

"A faturação mensal aos municípios é feita no último dia do mês e, neste momento, o que acontece é que estamos em serviços mínimos e a faturação não está a ser realizada porque os trabalhadores aderiram à greve", reforçou o dirigente sindical.

Os trabalhadores exigem o aumento de salários, "que não são apelativos, são baixos".

Na sua "grande maioria", estes técnicos operativos recebem vencimentos "pouco acima do salário mínimo nacional" face à importância das suas funções, referiu Luís Fernandes.

Alguns dos trabalhadores "têm 20 anos de carreira" na Águas do Algarve, fazem "turnos em horários desregulados, com a violência física que acarreta", esforço que, depois, "não é valorizado pela empresa", salientou o dirigente do SITE-Sul.

"Recebem um subsídio de turno, que juntam ao salário, e na realidade levam para casa qualquer coisa como 1.000 euros, ou menos do que isso, o que não faz sentido numa empresa destas, que todos os anos tem lucro e resultados positivos", notou Luís Fernandes.

Muitos destes trabalhadores, prosseguiu, "têm uma segunda ocupação, com prejuízo pessoal e familiar, para poderem sobreviver face ao custo de vida que o Algarve apresenta".

Segundo o dirigente sindical, os trabalhadores exigem "um salário na ordem dos 1.000 euros", o que representaria uma subida, em média, "de 80/90 euros".

Outra exigência passa pela requalificação de técnicos operativos B para técnicos operativos C, "porque a função que desempenham coaduna-se com o que é designado um técnico operativo C", apontou.

Um trabalhador ouvido pela Lusa, que pediu para não ser identificado, sublinhou que esta requalificação de carreira "já tem existido em várias empresas" do grupo Águas de Portugal, mas ainda não foi efetuada na Águas do Algarve, da qual têm tido "silêncio e poucas respostas".

A greve marcada para hoje surgiu após a falta de resposta da administração a um abaixo-assinado dos trabalhadores realizado em maio.

"A administração da Águas do Algarve foi incapaz de apresentar uma resposta de sim ou não a estes trabalhadores, que se viram na necessidade de marcar uma greve. Vamos ter de continuar a lutar por outros meios", concluiu Luís Fernandes.

Os técnicos concentrados em frente à empresa aprovaram por unanimidade uma resolução "pela requalificação dos trabalhadores e pelo aumento justo e digno dos salários", depois entregue à administração da empresa.

A agência Lusa pediu uma reação à Águas do Algarve, mas fonte da empresa escusou-se a comentar, esclarecendo que as matérias relativas às exigências dos técnicos operativos são da responsabilidade do grupo Águas de Portugal.

Leia Também: Trabalhadores da Nobre em Rio Maior em greve por melhoria de salários

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