Taxas aduaneiras? Trump cumpre ameaça e Canadá, México e China respondem

O presidente norte-americano cumpriu a ameaça e decidiu impor taxas aduaneiras a produtos provenientes do Canadá, México e China, que variam entre os 10% e os 25%. Os país afetados já responderam.

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© Brandon Bell/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
02/02/2025 08:20 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou no sábado a ordem executiva para a aplicação de taxas aduaneiras aos produtos provenientes do Canadá, México e China. O objetivo é impedir a imigração ilegal e o contrabando de produtos químicos usados para fazer fentanil. As taxas variam entre os 10% e os 35% e os países afetados já prometeram retaliar.

 

"Isto foi feito através da Lei Internacional de Poderes Económicos de Emergência (IEEPA) devido à grande ameaça de estrangeiros ilegais e drogas mortais que matam os nossos cidadãos, incluindo o fentanil. Precisamos de proteger os americanos e é meu dever enquanto presidente garantir a segurança de todos", anunciou Trump na sua rede social Truth Social

A assinatura do presidente norte-americano, que oficializa a decisão já anunciada, decorreu na residência privada de Trump em Mar-a-Largo, na Florida, e determina a imposição de tarifas de 10% à China, de 25% ao México e de 25% ao Canadá, exceto no petróleo canadiano, que terá tarifa de 10%.

Segundo a agência de notícias France-Presse (AFP), o decreto presidencial sobre a importação de produtos canadianos entra em vigor já na terça-feira, 4 de fevereiro.

De acordo com a Casa Branca, a ordem de Donald Trump também inclui um mecanismo para aumentar as taxas aduaneiras em caso de retaliação destes países - os três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos e que no total representam mais de 40% das importações do país.

Países afetados prometem retaliar. China alerta que guerras comerciais "não têm vencedores"

O Canadá foi dos primeiros países a reagir à decisão de Trump, com o primeiro-ministro, Justin Trudeau, a garantir que o país "está preparado" para responder. 

Numa mensagem publicada na rede social X, Trudeau disse ainda que se vai reunir com a Presidente do México, Claudia Sheinbaum, para discutirem a situação em conjunto.

Posteriormente, Trudeau anunciou que o Canadá vai retaliar e aplicar a mesma tarifas aos produtos norte-americanos.

Segundo o primeiro-ministro canadiano, as taxas sobre 30 mil milhões de dólares (28,9 mil milhões de euros) de frutas e bebidas alcoólicas norte-americanas entrarão em vigor na terça-feira, no mesmo dia em que as tarifas dos EUA entram em vigor.

O Canadá irá gradualmente "impor taxas alfandegárias de 25% sobre os produtos americanos, totalizando 155 mil milhões de dólares canadianos" [102 mil milhões de euros], anunciou num discurso aos canadianos.

"As ações tomadas pela Casa Branca separaram-nos em vez de nos unirem", disse Trudeau, alertando em francês que isso poderia trazer "tempos sombrios" para muitas pessoas.

Também a presidente do México, Claudia Sheinbaum, ordenou a imposição de taxas aduaneiras aos produtos vindos dos Estados Unidos, rejeitando "categoricamente a calúnia da Casa Branca de que o governo mexicano tem alianças com organizações criminosas".

"Se o governo dos Estados Unidos e as suas agências quisessem abordar o consumo grave de fentanil no seu país, poderiam combater a venda de drogas nas ruas das suas principais cidades, o que não fazem, e o branqueamento de capitais que esta atividade ilegal gera e que tantos danos causou à sua população", acrescentou Sheinbaum.

Por sua vez, a China prometeu retaliar contra as novas tarifas e frisou que as guerras comerciais "não têm vencedores".

"A China está fortemente insatisfeita e firmemente contra" as tarifas, disse o Ministério do Comércio chinês, em comunicado, anunciando "medidas correspondentes para proteger resolutamente os direitos e interesses" chineses.

"Não há vencedores numa guerra comercial ou tarifária", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, noutro comunicado.

China promete responder a novas tarifas dos Estados Unidos

China promete responder a novas tarifas dos Estados Unidos

A China prometeu hoje retaliar contra as novas tarifas dos Estados Unidos sobre os produtos chineses, impostas pelo novo Presidente norte-americano Donald Trump, e reafirmou que as guerras comerciais "não têm vencedores".

Lusa | 06:07 - 02/02/2025

O comércio entre os Estados Unidos e a China, sublinhe-se, representou cerca de 500 mil milhões de euros nos primeiros 11 meses de 2024, mas o balanço é amplamente desfavorável aos Estados Unidos, com um défice de cerca de 260 mil milhões de euros, segundo dados de Washington.

Trump tinha vindo a ameaçar a imposição de tarifas para garantir uma maior cooperação dos países para impedir a imigração ilegal e o contrabando de produtos químicos usados para fazer fentanil, um poderoso opiáceo que está a causar estragos nos Estados Unidos.

O presidente republicano também tinha prometido usar tarifas para impulsionar a produção nacional e aumentar as receitas do Governo federal americano.

Leia Também: EUA? Tarifas são uma "flagrante violação" do Acordo de Comércio Livre

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