Assim, os lucros de Caixa Geral de Depósitos (CGD), Santander, Millennium BCP, Novo Banco e BPI cresceram 625,2 milhões de euros no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Para estes resultados continuou a contribuir a valorização da margem financeira, que diz respeito à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos e que nos últimos seis meses totalizou 4.772 milhões de euros nestes cinco bancos.
Em termos homólogos, tal representa uma subida de 532,3 milhões de euros, ou 12,6%.
Nos primeiros seis meses, a CGD foi o banco que apresentou lucros mais elevados, com 889,3 milhões de euros, numa subida de 46,3% em termos homólogos.
Esta subida dos lucros do banco público ultrapassa a variação de 8,3% registada na sua margem financeira, que atingiu os 1.425,7 milhões de euros.
Entre os privados, o Santander Totta foi quem apresentou lucros mais elevados desde o início do ano, somando resultados líquidos de 547,7 milhões de euros.
O banco liderado por Pedro Castro e Almeida registou uma subida dos seus lucros na ordem dos 64,1%, em termos homólogos, num exercício em que a margem financeira cresceu 47,0%, para 862,2 milhões de euros.
O Millennium BCP viu os seus lucros subirem 14,7%, para 485,3 milhões de euros, apesar de a sua margem financeira ter subido 1,7%, para 1.397,5 milhões de euros.
No 'pódio' dos bancos privados em Portugal, o Novo Banco lucrou 370,3 milhões de euros, apesar de uma quebra em termos homólogos de 0,8%, sendo o único entre os principais bancos em Portugal a registar uma diminuição do seu resultado líquido.
Num período em que reforçou as suas provisões, o banco detido pelo fundo norte-americano Lone Star viu a sua margem financeira subir 13,5% no primeiro semestre, para 594,9 milhões de euros.
Por fim, o BPI apresentou uma subida de 27,6% do seu resultado líquido, que cresceu para 256,2 milhões de euros até junho. No período em análise, e em termos homólogos, a margem financeira da instituição do grupo espanhol Caixabank cresceu 12,11%.
Desde que o Banco Central Europeu (BCE) começou a subir as taxas de juro diretoras em meados de 2022, para combater a inflação, que isso tem tido impacto no aumento dos créditos dos clientes bancários indexados a taxa de juro variável (sobretudo Euribor).
Já este ano, em junho, o BCE desceu as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de 10 aumentos consecutivos. Na última reunião, em 18 de julho, o Banco Central Europeu manteve estas taxas, tendo a sua presidente, Christine Lagarde, afirmado que as futuras alterações estarão dependentes dos dados conhecidos.
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