CGTP exige que lucros da banca aliviem peso dos créditos à habitação

A CGTP exigiu hoje que os "colossais lucros" da banca sejam utilizados para aliviar o peso que os créditos à habitação têm para os trabalhadores, pedindo ao Governo que coloque os grandes grupos a "pagar o que devem".

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© Reuters

Lusa
01/08/2024 18:08 ‧ 01/08/2024 por Lusa

Economia

CGTP

"[...] A CGTP exige que no imediato os colossais lucros que vêm sendo acumulados sejam usados para aliviar o peso insuportável que os trabalhadores e as suas famílias estão sujeitos nos créditos à habitação", defendeu, em comunicado.

 

Os cinco maiores bancos que operam em Portugal registaram lucros agregados de 2.619,4 milhões de euros nos primeiros seis meses, uma subida de 31,4% face ao mesmo período do ano passado.

Assim, os lucros de Caixa Geral de Depósitos (CGD), Santander, Millennium BCP, Novo Banco e BPI cresceram 625,2 milhões de euros no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.

Para estes resultados continuou a contribuir a valorização da margem financeira, que diz respeito à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos e que nos últimos seis meses totalizou 4.772 milhões de euros nestes cinco bancos.

A central sindical pediu ainda ao Governo que coloque os grandes grupos económicos "a pagar o que devem".

Para o desenvolvimento do país é fundamental que se recupere a soberania ao nível da política monetária, apontou a intersindical, sublinhando que as medidas impostas pelo Banco Central Europeu (BCE) garantem lucros a uns poucos e impõem dificuldades à grande maioria da população.

Desde que o BCE começou a subir as taxas de juro diretoras em meados de 2022, para combater a inflação, que isso tem tido impacto no aumento dos créditos dos clientes bancários indexados a taxa de juro variável (sobretudo Euribor).

Já este ano, em junho, o BCE desceu as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de 10 aumentos consecutivos. Na última reunião, em 18 de julho, o Banco Central Europeu manteve estas taxas, tendo a sua presidente, Christine Lagarde, afirmado que as futuras alterações estarão dependentes dos dados conhecidos.

Leia Também: CGTP diz que medidas já conhecidas do OE promovem aumento da desigualdade

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