Às 14h40 (hora de Lisboa), 10 minutos após o início da sessão, o índice Dow Jones descia 2,74% para 38.649,01 pontos e o tecnológico Nasdaq baixava 4,55% para 16.013,05 pontos, depois de na abertura ter chegado a cair 6,17%.

O índice alargado S&P 500 perdia 4,10% para 5.127,50 pontos.

À mesma hora, as principais bolsas europeias também seguiam em baixa, com Milão a cair 3,51%, Frankfurt 3,01%, Londres 2,83% e Paris 2,64%.

"Após o relatório sobre o emprego divulgado na sexta-feira, os riscos de uma recessão aumentaram", comentou Will Compernolle da FHN Financial, que aposta agora num corte maior da taxa de juro de referência da Reserva Federal até ao fim deste ano, citado pela AFP.

Para lutar contra a elevada taxa de inflação, a Reserva Federal mantém desde há um ano as taxas nos níveis mais altos desde 2001, entre 5,25% e 5,50% e deixou-as inalteradas na passada quarta-feira.

Agora surgem receios sobre se a demora do banco central em cortar os juros não levará a uma desaceleração da economia mais acentuada.

Na sexta-feira, pouco antes da abertura do mercado em Nova Iorque, foi anunciado que a taxa de desemprego nos Estados Unidos subiu em julho duas décimas, para 4,3%, o nível mais alto desde outubro de 2021.

Em junho, a taxa de desemprego estava em 4,1% e o abrandamento do mercado laboral foi maior do que era esperado, tendo sido criados 114.000 empregos, contra 179.000 no mês anterior, segundo números revistos em baixa. Os analistas esperavam que a taxa de desemprego ficasse inalterada e que fossem criados 185.000 postos de trabalho.

"A calma do verão acabou! Os mercados bolsistas estão em turbulência e os rendimentos das obrigações estão em queda, enquanto os receios de uma recessão nos Estados Unidos aumentaram", indicou também Neil Shearing, da Capital Economics, citado igualmente pela AFP.

A bolsa de Lisboa segue a tendência europeia e continua em baixa, a cerca de duas horas do final da sessão, com o índice PSI a perder 2,22% para 6.444,67 pontos e todas as cotadas no 'vermelho', com a Sonae a liderar as descidas ao perder 4,60% para 0,89 euros e a Mota-Engil a baixar 4,49% para 3,28 euros.

O iene japonês está a negociar em alta face ao euro e ao dólar, como valor refúgio.

[Notícia atualizada às 15h36]

Leia Também: Índice Nikkei regista segunda maior queda da história ao baixar 12,40%