A partir de Dresden, no leste da Alemanha, a líder do executivo europeu destacou que esta será uma fábrica "única" e que vai produzir componentes não disponíveis em outros pontos da Europa, pelo que é elegível para apoio estatal alemão.
"Boas notícias, esta manhã tive a oportunidade de autorizar ajudas de Estado da Alemanha para este projeto no valor de 5 mil milhões de euros", informou.
A responsável lembrou que os germânicos já mobilizaram cerca de 115 mil milhões de euros em investimentos públicos e privados para o setor de 'chips' na Europa desde o lançamento da "Lei Europeia de Chips", em fevereiro de 2022.
"Esta é uma autêntica revolução de investimentos para o setor europeu dos 'chips'. E é apenas o início", comentou Von der Leyen, reafirmando como "pilar essencial" do novo programa comunitário apresentado em julho a aposta na competitividade industrial.
A presidente da Comissão Europeia sublinhou o desejo de ver concretizado um "fundo para a competitividade" como parte da iniciativa para investir em "tecnologias estratégicas e projetos de interesse comum europeu".
"A próxima comissão será uma comissão de investimento", resumiu, referindo-se à promessa feita para o seu segundo mandato para um "Acordo Industrial Limpo", com o objetivo de facilitar o acesso a energias verdes e a matérias-primas.
A intervenção ocorreu em Dresden, capital do estado federado da Saxónia, uma região alemã onde a presença de empresas tecnológicas lhe valeu o apelido de 'Silicon Saxony', numa alusão ao 'Silicon Valley' dos Estados Unidos.
A TSMC vai instalar uma fábrica que, até 2029, pretende produzir anualmente quase meio milhão de 'chips' e semicondutores, prevendo-se a médio prazo a criação de dois mil empregos diretos.
Berlim congratulou-se com a decisão de Bruxelas já que o projeto da empresa de Taiwan, em colaboração com as empresas alemãs Bosch e Infineon, além da neerlandesa NXP, alarga a posição da Alemanha como país de fabrico de semicondutores e a resiliência da Europa neste setor, segundo o ministro da Economia alemão, Robert Habeck.
"A Alemanha pode esperar uma nova fábrica de 'chips' de última geração, que reforçará o fornecimento de 'chips' inovadores aqui e na Europa, responderá às necessidades atuais e futuras das indústrias utilizadoras e criará milhares de empregos de alta tecnologia", acrescentou, citado num comunicado.
Leia Também: Supremo alemão confirma condenação de antiga secretária nazi