Paralelamente, foram assinados acordos de cooperação, incluindo voos sistema de 'code-share' (através do qual uma companhia aérea transporta passageiros cujos bilhetes tenham sido emitidos por outra companhia), indicou a Air France-KLM num comunicado.
A aquisição da participação na SAS foi feita em conjunto com outros investidores, caso dos fundos Castlelake e Lind Invest e do Estado dinamarquês, um consórcio que investiu 1.200 milhões de dólares (1.076 milhões de euros) na compra de ações e de obrigações convertíveis.
Os membros do consórcio passarão a deter em conjunto 86,4% do capital da SAS, sendo que está excluída a possibilidade do Estado dinamarquês aumentar a sua posição na qualidade de credor da empresa.
Noutro comunicado, a SAS informou ter concluiu com êxito a sua recuperação nos Estados Unidos e na Suécia, dois anos depois de ter iniciado o processo de falência.
"Isto marca o início de uma nova era para a SAS. A empresa emerge como uma companhia aérea competitiva e financeiramente robusta, com uma estrutura de capital reforçada", salienta a transportadora aérea.
A SAS apresentou um pedido de falência em 11 em julho de 2022 nos Estados Unidos, pedido esse que lhe permitiu reorganizar-se, tendo iniciado em março deste ano um processo semelhante no caso da sua empresa-mãe na Suécia.
O plano também inclui a saída da SAS das bolsas de valores e um investimento por parte do consórcio internacional que incluiu a companhia aérea franco-holandesa Air France-KLM.
Apresentado em outubro de 2023, o plano estabelece que o fundo Castlelake fica com 32% do capital da SAS, o Estado dinamarquês detém 25,8%, a Air France-KLM controla 19,9% e a Lind Invest fica com 8,6%, enquanto os restantes 13,6% serão distribuídos pelos credores.
Os novos donos da SAS nomearão os membros do conselho de administração que será presidido por Kåre Schultz, que já teve funções de liderança e gestão em empresas como a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk.
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