Na comparação mensal, os preços subiram 0,2%, quando tinham subido 0,1% no período anterior, de acordo com os dados do índice de preços de gastos de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), que é o mais seguido pela Reserva Federal (Fed).
A evolução está em linha com o que era esperado pelos analistas, quando a Fed (banco central) se prepara para baixar as taxas de juro na sua reunião de setembro, o que deverá ser o primeiro corte desde 2020.
A inflação subjacente, que exclui os preços da energia e alimentos devido à sua volatilidade, permaneceu estável em 2,6% em comparação com o mesmo período do ano passado e em 0,2% a nível mensal.
O índice CPI, uma outra medida de inflação que foi divulgada anteriormente, apontava para um abrandamento da taxa de inflação homóloga para 2,9% em julho, no nível mais baixo desde março de 2021, contra 3% no mês anterior.
Em julho, as despesas dos consumidores aumentaram a um ritmo mais rápido do que em junho, 0,3% contra 0,2%, tal como os rendimentos, 0,3% contra 0,1%, indicou ainda o Departamento do Comércio.
A descida da inflação nos últimos meses deve levar a Fed a começar a baixar as taxas de juro na sua reunião de 17 e 18 de setembro.
"Chegou o momento de um ajustamento da política" monetária, ou seja, de uma descida das taxas de juro, afirmou na semana passada o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, ao discursar no simpósio de Jackson Hole, que anualmente reúne nos Estados Unidos dirigentes de vários bancos centrais.
Para lutar contra a elevada taxa de inflação, a Fed subiu várias vezes as taxas de juro, que têm permanecido desde julho de 2023 entre 5,25% e 5,50%, o nível mais alto em mais de 20 anos.
No entanto, o receio de uma desaceleração exagerada da economia norte-americana nos próximos meses está a ressurgir, com as taxas de juro muito elevadas, o que pode levar a uma recessão.
A taxa de desemprego subiu para 4,3% em julho e a criação de emprego em 2023 e no início de 2024 foi revista em baixa.
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