"O mercado chinês é vasto [de 1,4 mil milhões de pessoas], o que significa que se abre uma perspetiva para os nossos agricultores terem onde vender os seus produtos", afirmou a embaixadora de Moçambique na China, Maria Gustava, citada hoje pela comunicação social moçambicana.
O acordo entre Moçambique e China foi assinado no âmbito da visita de Estado de seis dias que o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, efetua àquele país asiático, onde já manteve encontros com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, além de membros do Comité Permanente do Partido Comunista Chinês.
Segundo a fonte, o acordo entre os dois países é uma oportunidade no âmbito dos esforços para equilibrar a balança comercial, prevendo-se algum incremento das exportações do país africano para o mercado asiático.
Durante a visita à China, o chefe de Estado moçambicano participa no 9.º Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, na sigla em inglês), uma plataforma para o diálogo entre a China e os países africanos, que começou hoje e termina na sexta-feira, em Pequim.
A Lusa noticiou segunda-feira que as trocas comerciais entre a China e os países africanos lusófonos subiram, em média, 22% no primeiro semestre deste ano, para 13,7 mil milhões de dólares (12,3 mil milhões de euros), segundo dados da alfândega chinesa.
Numa lista liderada por Angola, no volume das trocas comerciais entre a China e os países africanos, Moçambique aparece em segundo lugar, tendo vendido 721 milhões de dólares em bens e serviços e comprou o equivalente a 1,6 mil milhões de dólares ao país asiático.
Leia Também: Moçambique considera de "muito sucesso" reintegração de Macau na China