Na previsão anterior, o Ifo previa que o Produto Interno Bruto (PIB) alemão terminaria o ano com um crescimento de 0,4% e que finalizaria o próximo ano a crescer 1,5%.
"A economia alemã está estagnada", disse Timo Wollmershäuser, chefe do departamento de estudos económicos do Ifo, sublinhando que a Alemanha está imersa numa "crise estrutural" em que convergem o baixo investimento, sobretudo na indústria, e a estagnação da produtividade.
Além disso, realçou que "a mudança da indústria transformadora para o setor dos serviços explica, em grande parte, a estagnação da produtividade nos últimos anos".
Neste contexto, o crescimento da construção registará uma queda de 3,1% em 2024, enquanto o crescimento da indústria quebrará 2%.
O modelo empresarial alemão também está a ser ameaçado pelas alterações climáticas, a digitalização, a demografia, a covid-19, os preços da energia e o papel da China a nível mundial.
"A situação das encomendas é má e o aumento do poder de compra não se traduz num maior consumo, mas sim numa maior poupança, porque os agentes económicos são imprevisíveis", salientou Wollmershäuser.
Por seu turno, o Ifo prevê que a taxa de desemprego passe de 5,7% em 2023 para 6% no final do ano, embora preveja que desça para 5,8% em 2025.
Em contrapartida, a inflação deverá recuar de 5,9% em 2023 para 2,2% em 2024 e para 2% no final de 2025.
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