"Aguardamos com toda a serenidade. A palavra está neste momento noutras instituições", referiu o ministro, sublinhando que foi o Governo que enviou para o Ministério Público e para o parlamento.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou hoje a receção do relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) sobre a privatização da TAP, em 2015, e enviou o documento para o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
"Confirma-se a receção na Procuradoria-Geral da República, na tarde desta quarta-feira, do relatório da IGF. O mesmo foi remetido ao DCIAP onde, após análise, foi determinada a junção do documento a inquérito que se encontra em investigação nesse departamento e que, como é público, teve origem em participação apresentada pelos, à data, ministros das Infraestruturas e Habitação e ministro das Finanças", respondeu à Lusa a PGR.
Questionado sobre o envio do relatório para o DCIAP, António Leitão Amaro notou que a auditoria não foi sobre "nada que tenha sido realizado por este Governo", não ignorando também que não é a primeira vez que o parlamento vai analisar os factos que nele constam e que em 2020 o DCIAP arquivou "um processo sobre a operação de privatização".
"Aparentemente, pelo que vemos e o que lemos do relatório que remetemos, os factos são os mesmos, mas deixamos essa análise para o parlamento com toda a serenidade do mundo de um processo e de um relatório que avalia comportamentos diferentes de vários governos de vários responsáveis políticos em diferentes momentos que não este Governo", afirmou o ministro.
Leitão Amaro referiu ainda que "a palavra está neste momento em outras instituições, cuja intervenção foi suscitada pelo próprio Governo que, disse, encarou aquele enviou do documento para o DCIAP com a "naturalidade de quem sabe que não está envolvido neste processo, que sabe que os factos reportados são essencialmente os que já eram conhecidos" e que já terão mesmo sido "avaliados por uma comissão de inquérito no parlamento".
[Notícia atualizada às 17h02]
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