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CGTP-IN considera insuficiente aumento do salário mínimo em 40 euros

O secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, acusou hoje o Governo de uma política de perpetuação de baixos salários, considerando insuficiente o aumento do salário mínimo em 40 euros.

CGTP-IN considera insuficiente aumento do salário mínimo em 40 euros
Notícias ao Minuto

12:42 - 11/09/24 por Lusa

Economia salário mínimo

"Aquilo que está aí a ser veiculado é uma proposta de perpetuação de baixos salários", afirmou Tiago Oliveira, em Rio Maior, no distrito de Santarém, perante cerca de meia centena de trabalhadores da empresa Nobre que hoje cumprem a 14.ª greve por melhoria de salários e condições de trabalho.

 

Atualmente, o salário mínimo é de 820 euros brutos mensais e o acordo de rendimentos em vigor previa que, em 2025, subisse para 855 euros e, em 2026, para os 900 euros. Mas, segundo a imprensa, o Governo vai propor que o salário mínimo suba para 860 euros em 2025.

"Que diferença vão fazer 40 euros no nosso dia-a-dia?", questionou o secretário-geral da CGTP-IN, que hoje participa numa reunião da concertação social, aludindo ao "brutal aumento do custo de vida" e exemplificando com o aumento das prestações bancárias nos últimos dois anos.

Num discurso de solidariedade para com os trabalhadores da Nobre, Alimentação, Lda, que há um ano lutam pelo aumento de salários, Tiago Oliveira acusou também a empresa de "perpetuar uma política de baixos salários", elogiando os funcionários que hoje se concentraram em frente à Câmara de Rio Maior em protesto.

"É na rua e à porta de quem nos faz mal, à porta das empresas" que é necessário "lutar por melhores condições de vida e de trabalho", disse, sublinhando que, no caso da Nobre, de um lado está "uma grande empresa que continua a amealhar milhões de lucros todos os anos", e do outro "os interesses de mais de 600 trabalhadores que todos os meses têm que lutar para chegar ao fim do mês tendo condições para ter uma vida digna".

A greve, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), acontece pela falta de respostas da empresa ao caderno reivindicativo apresentado à no início do ano e que exigia um aumento salarial de 150 euros, a valorização do subsídio de refeição e do trabalho noturno, a implementação de diuturnidades, direito a 25 dias de férias e o fim do recurso à contratação precária, entre outras reivindicações.

Concentrado em frente à Câmara os trabalhadores aprovaram hoje uma moção pedindo uma tomada de posição pública do executivo, que recentemente atribuiu uma medalha de mérito à empresa com "uma excelente situação económica, apresentando lucros avultados" e, que, pode ler-se na moção, "usufrui de inúmeras facilidades processuais e tributárias, concedidas não só pelo poder central como pela autarquia de Rio Maior".

A moção foi entregue ao vice-presidente João António Lopes Candoso (Coligação Juntos pelo Futuro -- PPD/PSD -- CDS/PP) que, segundo o dirigente sindical Diogo Lopes, "manifestou solidariedade e se comprometeu a entrar em contacto com a empresa para sensibilizar para as negociações".

Contactada pela Lusa a Nobre reafirmou estar "sempre atenta" às necessidades dos colaboradores e da empresa, acrescentando que realiza "reuniões frequentes com os sindicatos para discuti-las, de forma positiva e transparente".

Na resposta a empresa reitera "o compromisso de disponibilidade para dar continuidade às reuniões regulares" com o objetivo de ver "o caminho a seguir", apesar de, segundo o sindicato, desde a última greve, no final de julho, não terem obtido respostas às reivindicações.

Os trabalhadores agendaram uma nova greve, a 15.ª, para o dia 11 de outubro.

Leia Também: Governo quer aumentar Salário Mínimo Nacional para 860 euros

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