O acordo de cooperação financeira, através de um empréstimo de 15 milhões de euros, foi assinado na semana passada em Lisboa, pelo ministro de Estado e das Finanças de Portugal, Joaquim Miranda Sarmento, e o ministro dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Gareth Guadalupe.
"Este acordo surge num momento crítico para a República Democrática de São Tomé e Príncipe, que enfrenta uma complexa situação económico-financeira", escreveu o governante são-tomense numa mensagem em que deu conta que o acordo foi assinado em 11 de setembro.
O ministro Gareth Guadalupe referiu que o empréstimo visa fortalecer as reservas financeiras do país, "que se encontram baixas desde o final de 2022", impactadas pela alta inflação e pela estagnação económica e também pela "diminuição dos financiamentos externos e das doações de países terceiros".
Esta diminuição de financiamento externo, referiu, "agravou ainda mais o cenário económico" de São Tomé e Príncipe, estando o país em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a celebração de um acordo que permita a captação de novos recursos externos.
O acordo com o FMI "será fundamental para a implementação de medidas estruturais" destinadas a promover o crescimento e o desenvolvimento económico sustentável no país, disse o ministro.
Numa nota divulgada posteriormente no site do Governo português, é referido que o empréstimo acordado na semana passada é destinado "a ajudar o país [São Tomé e Príncipe] a superar desafios económicos e honrar compromissos internacionais", sendo que o Ministério das Finanças, questionado, não deu mais esclarecimentos.
"O apoio de Portugal reforça a relação de cooperação e solidariedade entre os dois países, num momento em que São Tomé e Príncipe busca soluções para superar os desafios económicos atuais", lê-se no comunicado.
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