"Num mundo justo", dívida dos países mais pobres seria perdoada

O bilionário e cofundador da Microsoft, Bill Gates, defendeu hoje que os países mais ricos devem aumentar a ajuda aos países africanos, destacando que, "num mundo justo", estes países deviam ver a sua dívida perdoada.

Notícia

© Getty Images

Lusa
17/09/2024 10:43 ‧ 17/09/2024 por Lusa

Economia

Bill Gates

"Num mundo justo, veríamos um movimento emergir a favor destes países mais pobres para que isso acontecesse outra vez", disse o filantropo em entrevista à atgência de notícias Associated Press, referindo-se à iniciativa de perdão de dívida, em 2005, que perdoou 40 mil milhões de dólares (quase 36 mil milhões de euros) de dívida de 18 países ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial.

 

Na entrevista, Bill Gates considerou que "há menos dinheiro a ir para África numa altura de necessidade", seja para alívio da dívida, vacinas ou para reduzir a má nutrição, vincando que em termos percentuais, o dinheiro que vai para a Ucrânia é "substancial".

Apesar da estagnação no progresso rumo aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, Gates mantém a esperança de que as coisas melhorem: "Eu sou um otimista, acho que podemos dar uma segunda hipótese à saúde global, mesmo num mundo onde os vários desafios concorrem pelas poupanças e obrigam os governos a esticar os seus orçamentos".

Em abril, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico disse que os números preliminares de 2023 mostravam que a ajuda ao desenvolvimento dada pelos países mais ricos tinha aumentado todos os anos desde 2019, mas a percentagem que foi para os países africanos caiu, em 2022, para 25%, o nível mais baixo dos últimos 20 anos.

A redução da ajuda surge num contexto em que os países de médio e baixo rendimento, incluindo em África, estão a gastar mais dinheiro para pagar as dívidas, apontou um relatório das Nações Unidas de junho, segundo o qual o fardo da dívida estava a limitar o que os países deveriam gastar em serviços básicos como a saúde, a educação e ação climática.

Leia Também: IGCP realiza na quinta-feira dois leilões de até 1.000 milhões em dívida

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas