O voo TM 191, com destino à capital moçambicana, Maputo, saía de Lichinga, na província de Niassa, norte de Moçambique, e foi obrigado a regressar à pista no aeroporto de Nacala, onde fazia escala, pouco depois de descolar.
"[O voo] divergiu para Nacala, de onde, no momento de partida para Maputo, a aeronave embateu em pássaros", o que motivou o seu regresso à pista", lê-se no comunicado da companhia de bandeira moçambicana, consultado hoje pela Lusa.
Segundo a LAM, o avião aterrou em segurança no aeroporto de Nacala, no norte de Moçambique, com todos os passageiros e tripulantes ilesos, tendo sido também enviada uma equipa de técnicos da companhia para avaliar o estado da aeronave.
Os passageiros com destino a Maputo foram levados na noite de quinta-feira para a capital pela aeronave que transportou os técnicos da LAM a Nacala e os restantes passageiros, que seguiam para a cidade de Nampula, foram acomodados e darão continuidade À sua viagem hoje, indica-se no documento.
A companhia aérea avançou ainda que devido à indisponibilidade da aeronave, em Nacala, o voo TM 157, do percurso Nampula -- Maputo, que tinha sido marcado para quinta-feira, foi reprogramado para hoje.
A LAM opera 12 destinos no mercado doméstico, a nível regional voa regularmente para Joanesburgo, Dar-Es-Salaam, Harare, Lusaca, e Cidade do Cabo, e Lisboa é o único destino intercontinental.
Entre abril de 2023 e setembro deste ano, a LAM esteve sob gestão da empresa sul-africana Fly Modern Ark (FMA), que foi chamada para implementar uma estratégia de revitalização da companhia após anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.
O pior acidente que LAM sofreu em toda a sua história deu-se em novembro de 2013, quando um Embraer, que fazia o trajeto Maputo-Luanda, se despenhou na Namíbia, causando a morte a todos os 33 ocupantes.
O Ministério das Obras e Transportes da Namíbia, responsável pela investigação na altura, afastou no seu relatório falhas mecânicas, concluindo que o comandante do voo TM-470, Hermínio dos Santos Fernandes, despenhou intencionalmente a aeronave, provocando a morte de todos os 33 ocupantes, incluindo seis portugueses.
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