Prejuízos da Greenvolt agravam para 19 milhões de euros no 1.º semestre

A Greenvolt registou resultados líquidos consolidados atribuíveis aos acionistas de 19 milhões de euros negativos no primeiro semestre deste ano, face a perdas de 7,8 milhões de euros no período homólogo, adiantou em comunicado ao mercado.

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Lusa
23/09/2024 20:03 ‧ 23/09/2024 por Lusa

Economia

Greenvolt

Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa indicou que "os resultados deste período estão em linha com as expetativas, "uma vez que refletem a fase de investimento do Grupo, com cerca de 800 MW [megawatts] de ativos em construção e o arranque de operações de DG [Geração Distribuída] em seis países".

 

No mesmo período, o total de rendimentos operacionais atingiu 188 milhões de euros, crescendo 42% face os primeiros seis meses de 2023.

Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) foi de 26,5 milhões de euros, uma redução de 40% em relação a igual período de 2023.

Na mesma nota, a Greenvolt disse que "não se verificaram operações de rotação de ativos no primeiro semestre do ano e alguns efeitos 'one-off' [únicos] imprevistos afetaram negativamente os resultados".

Ainda assim, destacou, "a estratégia de crescimento, assente numa estrutura financeira progressivamente mais sólida, com a KKR [Kohlberg Kravis Roberts] a controlar mais de 80% das ações, mantém-se inalterada".

O grupo destacou a "expectável concretização a curto prazo de transações de rotação de ativos - a primeira das quais foi finalizada em julho", a "aceleração do ritmo de execução no DG" e a "concretização de investimentos de otimização na biomassa, cujos efeitos combinados conduzirão a uma melhoria substancial dos resultados até ao final do ano".

Segundo a Greenvolt, "o segmento de Biomassa e Estrutura registou um EBITDA de 20,7 milhões de euros, refletindo um decréscimo de 15% em relação ao ano anterior, devido aos preços mais baixos da eletricidade no Reino Unido", parcialmente compensados por uma "maior injeção de energia na rede".

Já no segmento Utility Scale, "não foram assinadas novas vendas de ativos durante este semestre", indicou, salientando que acordou com a Nuveen Infrastructure a venda "de uma carteira solar fotovoltaica de 19 projetos, com uma capacidade instalada de 153 MWp [megawatts pico] em Itália, por 18,7 milhões de euros". Segundo o grupo, estão "atualmente em curso cinco outras iniciativas de venda, três das quais deverão ser assinadas durante o ano".

O segmento de Geração Distribuída, referem, continuar a registar um crescimento operacional constante, nomeadamente no "seu backlog [carteira] e nos projetos em construção, reforçando o compromisso do Grupo com este segmento". 

A empresa disse estar confiante na sua direção estratégica e prevê melhores resultados em 2024 em comparação com 2023, destacando que continua concentrada na expansão do seu portfólio de projetos de energias renováveis.

O grupo referiu ainda que a dívida financeira líquida pro-forma da Greenvolt no final do semestre totalizava 900,5 milhões de euros. 

[Notícia atualizada às 20h17]

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