A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública deu a conhecer hoje o seu caderno reivindicativo para 2025, onde exige, nomeadamente, aumentos salariais de, pelo menos, 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, a partir de janeiro.
Por outro lado, pede também um aumento intercalar das remunerações, com o intuito de "repor o poder de compra perdido", segundo o texto final da proposta reivindicativa para 2025, que foi hoje aprovado.
Apesar de sublinhar que a Frente Comum está "disposta, como sempre esteve, a negociar" com o Governo, "não vai abdicar de desenvolver processos de luta, que a defendam, e que permitam uma inversão destas políticas de empobrecimento e de destruição da administração pública", referiu Sebastião Santana.
Por isso, decidiu convocar uma manifestação nacional para dia 25 de outubro, pelas 15h, em Lisboa, sob o mote "Parar o empobrecimento: Aumentar salários, valorizar carreiras, reforçar os serviços públicos".
"Está nas mãos do Governo suspender a realização desta manifestação ou, pelo contrário, ajudar a mobilizar trabalhadores para ela, assim dê ou não resposta aos problemas que identificámos", avisou o coordenador da Frente Comum, não descartando mais ações de luta.
"Caso não haja resposta, para além de muitos milhares de trabalhadores em Lisboa no dia 25 de outubro, o Governo vai ser confrontado com a ausência de paz social", afiançou.
Para já, a Frente Comum diz não ter recebido qualquer contacto do Governo, mas espera que o executivo "siga o protocolo habitual", e que agende as primeiras reuniões "antes da apresentação do Orçamento do Estado", cuja entrega tem prazo-limite o dia 10 de outubro. Este será o primeiro orçamento feito pelo executivo liderado por Luís Montenegro, que tomou posse no início de abril.
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