Em declarações à Lusa, o dirigente do STRUP Manuel Leal explicou que o plenário de trabalhadores que decorreu esta manhã em Lisboa "foi muito participado", contando com cerca de 400 pessoas, tendo o serviço ficado marcado por "fortes constrangimentos por toda a cidade".
De acordo com o responsável, o sindicato foi mandatado para assinar com o Conselho de Administração da Carris à revisão do Acordo de Empresa para 2024 e iniciar a preparação do processo de revisão relativo a 2025, que terá por base "a retoma da exigência de um aumento real dos salários e a redução para as 35 horas semanais, entre outras reivindicações".
A Carris é uma empresa que presta serviço de transporte público urbano de superfície de passageiros em Lisboa, sendo gerida pela Câmara Municipal da capital.
Segundo o sindicalista, foi hoje aceite pelos trabalhadores a proposta relacionada com o pagamento das deslocações no tráfego e as restantes matérias que já estavam colocadas em cima da mesa.
O plenário, que inicialmente estava agendado para novembro, foi antecipado após terem sido alterados os pressupostos que estavam em discussão, perante a apresentação de uma proposta da empresa.
A proposta de protocolo quanto às deslocações apresentada pelo Conselho de Administração é de que, a partir de 01 de outubro, "sempre que o fim do serviço seja em local que diste mais de 250 metros de onde foi iniciado (...) será paga uma compensação, correspondente ao tempo estimado para a deslocação entre os dois locais, calculada com base no valor hora do trabalhador; nos dias feriados esta compensação é paga com o acréscimo de 225% e nas tolerâncias de ponto com o acréscimo de 150%".
De acordo com Manuel Leal, vai ser agora comunicado à administração a decisão do plenário.
O sindicato está já a "preparar as propostas de revisão que serão oportunamente levadas à discussão com os trabalhadores para se iniciar o processo de 2025", acrescentou.
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