Os resultados finais da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,81%, o tecnológico Nasdaq progrediu 1,22% e o alargado S&P500 subiu 0,90%.
A praça bolsista reagiu sobretudo ao relatório mensal do Departamento do Trabalho, que superou em muito as expectativas dos economistas, atenuando os receios destes quanto a uma eventual recessão.
"Tínhamos a expectativa de que estes números poderiam fazer mexer o mercado e, muito francamente, fizeram-no", comentou Steve Sosnick, da Interactive Brokers, m declarações feitas à AFP.
Em setembro, a economia criou 254 mil empregos, bem mais do que os 150 mil esperados, e maios do que os criados em agosto, inclusive depois de os números deste mês terem sido revistos em alta, de 142 mil para 159 mil.
A taxa de desemprego recuou, de 4,3% em agosto para 4,1% em setembro.
O salário horário no setor privado, por sua vez, apresentou uma subida mensal de 0,4% e anual de quatro por cento.
Estes bons indicadores reduziram as possibilidades de a Reserva Federal [Fed] prosseguir o alívio da sua política monetária ao mesmo ritmo este ano, depois ter cortado a taxa de juro de referência em meio ponto percentual em setembro, segundo Sosnick.
"O presidente da Fed [Jerome] Powell diz, desde há semanas, que os operadores não devem esperar outras [reduções tão importantes como a de setembro], mas os investidores pareceram não o levar à letra", apontou.
"Hoje, com a informação que temos, deram-se conta que talvez o devessem fazer", disse.
Para o saldo do dia também contribuiu o anúncio do fim da greve nos portos no Costa Leste e no Golfo do México, apontaram vários analistas.
Os investidores deram ainda atenção ao Médio Oriente, apesar de, "com exceção do petróleo e Defesa", o tema ter sido relegado para "segundo plano", apontou Sosnick.
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