De acordo com dados provisórios recolhidos pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS) junto das suas associadas, "as seguradoras receberam, até ao momento, 504 participações de sinistros decorrentes dos incêndios ocorridos nas regiões centro e norte do país entre o dia 15 e o dia 19 de setembro", estimando pagar indemnizações no valor de mais de 17 milhões de euros.
Do inquérito realizado, concluiu-se que Aveiro foi o distrito mais afetado por estes incêndios, registando mais de metade dos sinistros participados e quase três quartos do volume das indemnizações que se espera que os segurados recebam.
O distrito do Porto surge como o segundo mais afetado, tanto em número de participações, como em volume de indemnizações.
Os principais prejuízos reportados, em termos de montantes, dizem respeito a seguros de multirriscos, tanto de comércio e indústria (67%), como de habitação (25%), lê-se no comunicado.
A APS refere ainda que as participações de sinistros relacionados com seguros de acidentes pessoais e de trabalho, que têm a ver com situações de morte e lesões corporais sofridas pelas pessoas afetadas por estes incêndios, envolvem indemnizações de 800 mil euros.
Por último, a admite que "estes impactos venham ainda a aumentar com o aparecimento de novas participações e apuramento mais rigoroso dos danos", pelo que fará ainda uma nova atualização dos dados hoje divulgados.
Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.
Os incêndios florestais consumiram cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.
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