O acordo foi rubricado, numa cerimónia realizada em Kampala, pelo secretário permanente do Ministério das Obras Públicas do Uganda, Bageya Waiswa, e pelo vice-presidente da empresa, Erdem Arioglu.
"Esta importante infraestrutura, que servirá de espinha dorsal do sistema de transporte rodoviário do Uganda, irá satisfazer a tão necessária capacidade de transporte no país e na região, uma vez que a procura de transporte de mercadorias e de passageiros aumentou rapidamente na última década", declarou o Ministério das Obras Públicas e dos Transportes do país africano na rede social X.
O acordo prevê a construção da primeira secção de uma linha ferroviária elétrica de 1.700 quilómetros.
Este troço custará cerca de três mil milhões de dólares (cerca de 2,75 mil milhões de euros), segundo a empresa turca, e as obras deverão começar em novembro próximo.
O comboio "transformará a rota do Uganda, da segunda rota mais cara do mundo numa rota comercial altamente competitiva na região e reduzirá para metade os custos de exportação de mercadorias", declarou o Ministério das Obras Públicas e dos Transportes.
O troço ligará Kampala a Malaba, ligando assim o Uganda, sem litoral, à rede ferroviária do vizinho Quénia e ao porto marítimo queniano de Mombaça, no Oceano Índico.
O Uganda tinha chegado a acordo em 2015 com uma empresa chinesa, a China Harbour and Engineering Company (CHEC), para assumir o projeto, na condição de a empresa ajudar a garantir o financiamento do Governo chinês para a ferrovia.
Após anos de negociações infrutíferas, o Uganda rescindiu o acordo no ano passado e iniciou conversações com a Yapi Merkezi, que está a desenvolver um projeto semelhante na vizinha Tanzânia.
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