Lucros do Deutsche Bank descem para 2.593 milhões até setembro

O Deutsche Bank lucrou 2.593 milhões de euros entre janeiro e setembro, menos 12% do que no mesmo período de 2023, após libertação parcial de provisões para a denúncia pela oferta pública de aquisição do Postbank em 2010.

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Lusa
23/10/2024 10:48 ‧ 23/10/2024 por Lusa

Economia

Banco

O banco alemão disse hoje, em comunicado, que o lucro atingiu 1.461 milhões de euros entre julho e setembro, mais 42% do que um ano antes, depois da libertação parcial de cerca de 440 milhões de euros de provisões para esse litígio devido a "progressos nos acordos".

 

O Deutsche Bank anunciou, em abril, que iria constituir uma provisão de cerca de 1.300 milhões de euros, depois de um tribunal alemão ter decidido, numa audiência preliminar, que alguns dos argumentos de uma queixa apresentada por antigos acionistas do Postbank contra o banco, por causa da sua oferta pública de aquisição de 2010, eram válidos.

Nos primeiros três trimestres de 2024, o volume de negócios do Deutsche Bank cresceu 3% para 22.869 milhões de euros, devido ao aumento das receitas de taxas e comissões. Deste valor, 7.501 milhões corresponderam ao período de julho a setembro, um aumento de 5%.

Por área de negócio, as receitas da divisão de investimentos cresceram 12%, para 7.323 milhões, enquanto as da divisão de gestão de ativos aumentaram 8%, para 1.803 milhões.

Por outro lado, as receitas da banca de empresas (5.642 milhões) registaram uma quebra de 3% e as da banca de particulares (7.177 milhões) recuaram 2%.

Os custos ajustados da empresa atingiram 5.000 milhões no terceiro trimestre, enquanto a força de trabalho aumentou em 766 para 90.236 pessoas a tempo inteiro, o que "mais do que compensou" as perdas do plano de reduzir até 3.500 postos de trabalho até 2025 e poupar 2.500 milhões.

A este respeito, a empresa anunciou poupanças de 1.500 milhões até à data, com uma redução de pessoal de cerca de 3.300 trabalhadores, dos quais cerca de 600 durante o terceiro trimestre.

As provisões para crédito malparado atingiram 1.400 milhões nos primeiros nove meses do ano, mais 400 milhões do que no ano anterior, em parte devido a provisões mais elevadas para riscos imobiliários, embora o banco veja sinais de estabilização nesta área.

O rácio de fundos próprios CET1 de qualidade superior aumentou para 13,8%, contra 13,5% no final de junho, devido à adoção de regras transitórias para ganhos e perdas não realizados em determinados instrumentos de dívida.

Além disso, o rácio de alavancagem foi de 4,6% no terceiro trimestre, o mesmo que no trimestre anterior, devido ao impacto positivo da alteração de capital, enquanto o rácio de cobertura de liquidez se situou em 135%, em comparação com 136% em junho.

Os depósitos de clientes do Deutsche Bank aumentaram 9.000 milhões para 650.000 milhões no terceiro trimestre (entre julho e setembro).

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