"Já atingimos as nossas limitações relativamente à greve que está planeada já a partir de amanhã [quinta-feira]", avançou Pedro Moreira aos deputados da comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, onde foi ouvido esta manhã.
O responsável da transportadora ferroviária acrescentou que, ainda assim, o diálogo com o sindicato continua e que mantém a esperança de uma solução.
O Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), que representa os trabalhadores das bilheteiras e revisores, convocou greves parciais, de duas horas no início de cada turno, entre 24 de outubro e 03 de novembro, com uma paralisação de 24 horas no dia 31 de outubro.
Pedro Moreira admitiu que, em muitas áreas, a CP está a pagar aos trabalhadores abaixo do valor de mercado e apontou situações em que trabalhadores do Metro de Lisboa, com a mesma categoria profissional, ganham mais do que trabalhadores da transportadora ferroviária.
"Temos profissionais altamente qualificados, precisávamos de valorizar mais muitas das carreiras da CP", defendeu.
Segundo o presidente, a empresa começou recentemente um trabalho que envolve todos os sindicatos, para elaborar uma proposta de valorização das carreiras dos trabalhadores e recuperação da perda do poder de compra.
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