Bundesbank considera que economia alemã pode estagnar no quarto trimestre

O Bundesbank, banco central da Alemanha, considera que a economia alemã pode estagnar no quarto trimestre, após uma ligeira queda no terceiro trimestre, num contexto de fraca atividade industrial e de consumo privado com pouco estímulo.

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Lusa
24/10/2024 12:18 ‧ 24/10/2024 por Lusa

Economia

Bundesbank

A instituição publicou hoje o relatório mensal de outubro, no qual os seus economistas advertem que a economia alemã "continua presa na fase fraca" que persiste desde meados de 2022, embora voltem a excluir uma recessão significativa, alargada e duradoura.

 

De acordo com os seus cálculos, é provável que o Produto Interno Bruto (PIB) do país diminua ligeiramente no terceiro trimestre de 2024, uma vez que a produção na indústria e na construção diminuiu devido aos elevados custos de financiamento.

Além disso, a procura externa recuperou apenas "ligeiramente" e o consumo privado deu "pouco impulso", devido às preocupações das famílias, apesar de os salários terem aumentado "significativamente mais depressa" do que os preços.

Segundo o Bundesbank, a avaliação económica desfavorável teve um impacto gradual no mercado de trabalho, "embora o mercado de trabalho continue a reagir de forma relativamente moderada à fraqueza", não se prevendo uma queda significativa dos níveis de emprego, embora o número de desempregados tenha voltado a subir ligeiramente em setembro.

No que diz respeito à inflação, considera provável que esta aumente nos próximos meses devido aos efeitos da energia, depois de a taxa de inflação ter voltado a cair em setembro para 1,8% em termos homólogos.

Em termos de finanças públicas, o Bundesbank sublinha que os municípios alemães fecharam o primeiro semestre do ano com um défice "muito elevado" de 17.000 milhões de euros, mais 10.000 milhões do que no mesmo período do ano passado.

Prevê, por isso, um défice crescente a nível local durante todo o ano, embora nos próximos anos a pressão sobre as finanças municipais "vá abrandar em certa medida".

Em todo o caso, apela aos Estados para que evitem um novo aumento do endividamento municipal e não resolvam "desafios políticos à custa da sustentabilidade das finanças locais".

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