Dados hoje publicados pelo gabinete estatístico da União Europeia (UE) revelam que, no segundo trimestre deste ano face ao período homólogo de 2023, se registaram avanços na taxa de poupança para 15,6% na zona euro (face a 14% no mesmo período do ano passado) e para 14,8% no conjunto dos 27 Estados-membros (face a 13,1%).
Também houve aumentos na variação em cadeia dado que, no trimestre anterior, o primeiro deste ano, estas percentagens eram de 15,3% na zona euro e 14,3% na UE.
O Eurostat não divulga dados sobre Portugal, mas, entre os Estados-membros para os quais existem números, a taxa de poupança das famílias aumentou em oito, permaneceu estável num e diminuiu em três.
A Dinamarca registou o maior aumento (+6,1 pontos percentuais, pp), seguida pela Hungria (+5,0 pp), enquanto as maiores descidas foram observadas em Espanha (-1,0 pp) e na Irlanda (-0,8 pp).
Também entre abril e junho, o rendimento disponível bruto das famílias (corrigido de sazonalidade) aumentou 0,7% na zona euro e 1,0% na UE, de acordo com o Eurostat, que justifica que o aumento se explica "principalmente pelo grande contributo positivo das remunerações dos empregados e das prestações sociais, tanto na área do euro como na UE", sendo que, "em contrapartida, os impostos correntes e as contribuições sociais líquidas foram o principal fator negativo".
Ainda neste segundo trimestre de 2024, o rendimento real 'per capita' das famílias aumentou 0,4% na zona euro, após um aumento de 1,1% no primeiro trimestre deste ano, e 0,6% na UE, após um acréscimo de 1%.
O mesmo se verificou com o consumo real 'per capita' das famílias, que segundo o Eurostat subiu 0,1% na área da moeda única, após um aumento de 0,4% no trimestre anterior, e 0,2% na UE, após um avanço de 0,3% no trimestre anterior.
Por seu turno, registaram-se descidas na taxa de investimento das famílias, que neste segundo trimestre de 2024 foi de 9,2% na zona euro e de 8,9% na UE, após percentagens de, respetivamente, 9,8% e de 9,5% no mesmo período do ano passado.
Em comparação com o trimestre anterior, a taxa de investimento das famílias diminuiu 0,1 pp, tanto na zona euro como na UE, quando se fixou em respetivamente 9,3% e 9%.
Também aqui não existem dados sobre Portugal, mas, entre os países da UE para os quais existem números, a taxa de investimento das famílias aumentou em quatro Estados-membros e diminuiu nos restantes oito.
Os Países Baixos registaram o maior aumento (0,6 pp), seguidos pela Irlanda e Hungria (ambos 0,4 pp), ao passo que os maiores decréscimos foram observados na Dinamarca e em Itália (ambos -0,5 pp) e em França (-0,3 pp).
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