Eleição de Trump "não vai ter efeitos na decisão de politica monetária"
O presidente da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos apontou hoje que, no curto prazo, a eleição de Donald Trump para a presidência "não vai ter efeitos na decisão de politica monetária".
© Kent Nishimura/Getty Images
Economia Jerome Powell
Na conferência de imprensa após a reunião da Fed, na qual foi decidido um novo corte de juros de 25 pontos base, Jerome Powell foi questionado sobre os efeitos da eleição de Donald Trump e das suas propostas, mas o responsável sinalizou que por agora ainda não se conhecem as medidas, pelo que ainda vai demorar a ser um fator nas decisões de política.
"Não sabemos qual será o 'timing' [prazo] das mudanças de política por isso não sabemos quais serão os efeitos na economia", reiterou o presidente da Fed, defendendo que a instituição "não adivinha, nem especula ou assume".
O responsável assume que "é possível que as políticas tenham efeitos económicos que ao longo do tempo importem para o mandato da Fed, e serão inseridas nas projeções".
Perante questões sobre o possível impacto de medidas específicas nos impostos, Powell apontou que quando o Congresso está a decidir mudanças na lei fiscal, a Fed acompanha e vê os efeitos prováveis.
"Quando a medida for aprovada, aí entra no modelo, em conjunto com os outros fatores", admitiu, assinalando que "há muita coisa que afeta a economia, as mudanças na lei entram mas o processo legislativo é um processo que demora muito tempo".
"Isto acontece com todas as administrações e esta não vai ser diferente", afirmou o presidente da Fed, destacando que agora é uma fase muito inicial. "Não sabemos o que serão as políticas", disse.
Nesta reunião, a Fed decidiu avançar com um corte das taxas diretoras de 25 pontos base, que se seguiu a uma redução dos juros de 50 pontos base em setembro.
O republicano Donald Trump foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, tendo superado os 270 votos necessários no colégio eleitoral, quando ainda decorre o apuramento dos resultados.
Trump segue também à frente da adversária democrata no voto popular, com 50,9% contra os 47,6% de Kamala Harris.
O Partido Republicano recuperou ainda o Senado ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes encontra-se igualmente à frente no apuramento com 205 mandatos, a apenas 13 da maioria.
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