Em comunicado, o banco da União Europeia informa que "concedeu 86 milhões de euros, apoiados por garantias da UE, à Ukrenergo, o operador nacional da rede de transporte de eletricidade da Ucrânia, para apoiar a proteção física das infraestruturas energéticas críticas do país".
"Este financiamento - concedido ao abrigo do Pacote de Resposta Urgente Solidariedade Ucrânia do BEI, desenvolvido em cooperação com a Comissão Europeia - assinala a primeira medida do Plano de Resgate Energético da Ucrânia, adotado pelo banco em outubro de 2024 para fazer face aos enormes danos causados às infraestruturas energéticas da Ucrânia", explica.
Em concreto, as verbas comunitárias vão apoiar a construção de estruturas antidrone nos sistemas elétricos com o objetivo de resistir aos ataques militares russos e de garantir o fornecimento de eletricidade na Ucrânia durante a guerra.
"Este investimento permitirá à Ukrenergo reforçar a estabilidade e a fiabilidade do transporte de energia nas regiões ucranianas", indica o BEI, apontando que "esta iniciativa se reveste de uma importância vital para a sociedade ucraniana, uma vez que a Rússia prossegue os seus ataques dirigidos às infraestruturas energéticas, num esforço para privar os civis e as empresas de energia essencial".
O anúncio acontece após dias de intensos ataques russos contra infraestruturas energéticas críticas do país e no arranque da estação fria no país, que se teme que seja crítica, razão pela qual o bloco comunitário já mobilizou ajuda.
Globalmente, o apoio europeu ao setor energético da Ucrânia desde fevereiro de 2022 ascende a cerca de dois mil milhões de euros.
Estima-se que, de momento, a Ucrânia precise de 17 gigawatts de capacidade elétrica para este inverno.
Ao todo, 80% das centrais térmicas da Ucrânia foram destruídas pela Rússia, assim como um terço da sua capacidade hidroelétrica.
Em setembro passado, a Comissão Europeia anunciou um apoio europeu de 160 milhões de euros para apoiar a preparação do inverno na Ucrânia, em abrigos e obras de reparação, com 100 milhões a terem origem nas receitas dos ativos russos imobilizados na União Europeia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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