Oito países da UE pedem a Bruxelas mais taxas sobre produtos russos
Oito Estados-membros da União Europeia (UE), sobretudo nórdicos e bálticos, instaram hoje à Comissão Europeia a impor mais tarifas aos produtos russos, para cortar uma fonte de rendimento a Moscovo e dificultar o comércio com a Rússia.
© Yan Dobronosov/Global Images Ukraine via Getty Images
Economia Ucrânia
Numa carta assinada por ministros da Suécia, Dinamarca, Finlândia, Letónia, Lituânia, Estónia, Polónia e Irlanda, estes países exigem "uma proposta abrangente" para aumentar as tarifas sobre o maior número possível de importações russas e bielorrussas para a UE, no âmbito da invasão russa da Ucrânia.
Os ministros referiram que esta seria uma complemento à panóplia de sanções que o bloco comunitário tem contra diferentes setores económicos russos.
"Temos de nos concentrar no comércio que continua a trazer receitas significativas à Rússia. Um contributo concreto para alcançar este objetivo é a introdução de tarifas de importação da UE sobre os produtos russos", pode ler-se na carta citada pela agência Europa Press e que é dirigida ao comissário europeu do Comércio, Valdis Dombrovskis, e ao seu sucessor no cargo, Maros Sefcovic.
Segundo este grupo de países, o aumento das tarifas em todos os setores deve ser feito garantindo ao mesmo tempo o trânsito de produtos agrícolas para os países em desenvolvimento e com vista a que a UE diversifique as suas importações de bens e matérias-primas.
"Para minimizar os efeitos na economia europeia, as tarifas identificadas poderiam ser introduzidas com períodos de transição para setores específicos e em paralelo com medidas para facilitar a transição das indústrias europeias", destacaram.
"Estas tarifas cumprem integralmente as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)", acrescentaram.
Os países insistiram que a medida estaria em linha com a garantia de apoio a longo prazo à Ucrânia, uma vez que a UE reduziu consideravelmente o seu comércio com a Rússia, mas continua a importar bens e produtos no valor de 42 mil milhões de euros, de acordo com dados de 2023, ou seja, metade do apoio da UE à Ucrânia no contexto da guerra, recordaram os países na carta.
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