"O processo desinflacionista que teve início no final de 2022 prosseguiu durante o verão. Não obstante uma ligeira subida em outubro, impulsionada em grande medida pelos preços da energia, a inflação global na área do euro deverá diminuir para mais de metade em 2024, passando de 5,4% em 2023 para 2,4%, antes de abrandar mais gradualmente para 2,1% em 2025 e 1,9% em 2026", refere o executivo comunitário nas previsões de outono, hoje divulgadas em Bruxelas.
A taxa de inflação baixou nos últimos meses após registar valores históricos devido à reabertura da economia pós-pandemia de covid-19, à crise energética e às consequências económicas da guerra na Ucrânia, mas ainda se encontra acima do objetivo de 2% fixado pelo Banco Central Europeu (BCE) para a estabilidade dos preços.
No conjunto da União Europeia (UE), segundo Bruxelas, "o processo de desinflação deverá ser ainda mais acentuado em 2024, com a inflação global a cair para 2,6%, após 6,4% em 2023, e continuar a diminuir para 2,4% em 2025 e 2% em 2026".
Nas anteriores previsões económicas da Comissão Europeia, as de primavera divulgadas em maio passado, Bruxelas previa que a taxa de inflação da zona euro fosse de 2,5% em 2024 e de 2,1% em 2025. Já nas projeções de inverno, publicadas em fevereiro, estas percentagens foram, respetivamente, de 2,7% em 2024 e de 2,2% em 2025.
Na média da UE, as projeções de primavera de Bruxelas ditavam uma taxa de inflação de 2,7% em 2024 e de 2,2% em 2025, enquanto as de inverno previam percentagens de, respetivamente, 3% e 2,5%.
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