Contratos de trabalho temporário diminuem mais de 10% no 3.º trimestre

As colocações em trabalho temporário totalizaram 90.291 no terceiro trimestre, uma diminuição de 10,44% face ao mesmo período de 2023 e de 0,4% relativamente ao trimestre anterior, segundo um barómetro da APESPE-RH e ISCTE, hoje divulgado.

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Lusa
20/11/2024 17:57 ‧ 20/11/2024 por Lusa

Economia

APESPE-RH

De acordo com o barómetro do trabalho temporário da Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH), em parceria com o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, no total, a diminuição no número de colocações no terceiro trimestre, face ao mesmo período do ano anterior foi de -10,44% (100.819 em 2023 vs. 90.291 em 2024) e ainda 16,4% abaixo do mesmo período em 2022 (107.976 colocações).

 

"Apesar da ligeira diminuição no 3.º trimestre face ao 2.º trimestre, com menos 337 (-0,4%) pessoas, em setembro existiu um aumento de 10% face a agosto, com mais 2.895 trabalhadores com contrato de trabalho temporário", realçou a associação, em comunicado, salientando que "setembro é mesmo o melhor mês do ano, até ao momento".

A análise verificou uma "tendência positiva na colocação de trabalhadores com contrato de trabalho temporário", desde o início do ano, com 85.372 colocações no primeiro trimestre e 90.628 colações no segundo.

Adicionalmente, verificou-se uma ligeira diminuição da contratação de trabalhadoras do sexo feminino em julho e agosto (43% em ambos), em relação a 44% no mês de setembro.

Já em termos de distribuição etária, entre 24% a 26% dos colocados tinham uma idade média acima dos 40 anos, no terceiro trimestre deste ano, enquanto cerca de 21% dos colocados tinham idades compreendidas entre os 25 e os 29 anos.

O ensino básico manteve-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas de trabalhadores com contrato de trabalho temporário (entre 58% a 59% no terceiro trimestre), com as colocações de ensino secundário (31% a 33%) a ocupar o segundo lugar.

Na distribuição do trabalho temporário por principais profissões, entre julho e setembro destacou-se a categoria de "outras profissões elementares" (entre 28% e 30%), seguindo-se a de "empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes" (19% a 21%).

Leia Também: CIP defende alterações à lei do trabalho para facilitar subcontratação

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