"O Governo português tem obrigação de procurar alternativas a projetos ou promotores que tenham manifestado desistência, desinteresse ou compassos de espera", apontou Pedro Reis, quando questionado, na apresentação do Plano de Ação para o Regulamento Europeu das Matérias-Primas Críticas, sobre a decisão da Galp de não avançar com o projeto Aurora.
O ministro salientou que após ter recebido a informação das empresas e promotores, o Governo colocou-se em campo para perceber "o que podiam ser promotores alternativos de projeto, pela escala, dimensão, área de especificação das refinarias diferentes".
Tendo em conta os contactos realizados, o governante acredita que "o interesse no lítio e na refinação mantém-se e os planos de negócio já descontam acelerações e desacelerações em relação ao ganho de mercado dos veículos elétricos".
Os investidores "vão sinalizando que não se esgota no tema automóvel o potencial do lítio e das refinarias, tem utilização ao nível de 'smart storage'", destacou, reiterando, por isso, que não tem dúvidas de que existe interesse.
Apesar de admitir que houve sinais que os governantes consideraram positivos, aponta que "exigem reserva", sendo agora necessário perceber se conseguirão "trazer a bom porto" as conversações.
A Galp comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, na semana passada, a decisão de abandonar o projeto Aurora, para uma refinaria de lítio em Setúbal, depois da desistência da Northvolt e de não ter arranjado outro parceiro.
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