Trabalhadores da TiN lamentam plano de reestruturação tardio

Os trabalhadores da Trust in News (TiN) lamentaram que o plano de reestruturação da empresa só agora tenha sido apresentado, depois de perder "capacidade de pagar salários" e esperam propostas alternativas, disse à Lusa a delegada sindical da Visão.

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Lusa
30/12/2024 17:23 ‧ há 2 dias por Lusa

Economia

TiN

Segundo Clara Teixeira, "do ponto de vista dos trabalhadores quaisquer medidas de reestruturação, estas deste plano ou outras quaisquer, fariam todo o sentido há um ano antes de a empresa perder a capacidade de pagar salários".

 

A jornalista lembrou "13 meses de salários em atraso com PER [Processo Especial de Revitalização] pelo meio, que foi chumbado" e "uma injeção de capital com que o acionista se comprometeu, mas que não cumpriu que permitiria pagar os salários em atraso e impostos ao Estado".

"Quando nada disso foi feito, o que é que nós podemos dizer sobre este plano", lamentou.

"Qualquer credor pode apresentar um plano de recuperação e qualquer potencial investidor pode apresentar propostas de compra dos títulos que permitam salvar postos de trabalho", referiu.

Para os trabalhadores a expectativa "é que apareçam mais planos de recuperação, que apareçam propostas de compra e que seja possível salvar títulos e salvar postos de trabalho", disse Clara Teixeira.

O plano de reestruturação da Trust in News (TiN) prevê a suspensão das revistas TVMais e Activa, entre outras, e a Exame continuará mensal em parceria com outro grupo editorial, segundo informação a que a Lusa teve acesso.

O plano prevê reforçar as publicações rentáveis e reestruturar dívidas com credores, tendo sido entregue no dia 27 de dezembro, tal como o presidente da TiN, Luís Delgado, tinha avançado no parlamento, em 18 de dezembro.

A TiN "propõe um plano de renegociação das dívidas", sendo que "esse esforço reflete o compromisso da empresa em regularizar as suas obrigações financeiras de forma equilibrada e viável".

Fundada em 2017, a Trust in News é detentora de 16 órgãos de comunicação social, em papel e digital - Visão, Exame, Exame Informática, Courrier Internacional, Jornal de Letras, Visão História, Caras, Ativa, TV Mais, Visão Júnior, Telenovelas, Caras Decoração, Visão Saúde, Visão Biografia, Visão Surf, This is Portugal, e A Nossa Prima, e ainda um 'website' informativo Holofote -, está em insolvência e tem assembleia de credores marcada para 29 de janeiro.

Leia Também: AIMA. Sindicato faz "balanço positivo" da greve às horas extraordinárias

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