De acordo com as estatísticas rápidas da atividade turística do Instituto Nacional de Estatística (INE), considerando apenas o mês de novembro, o setor do alojamento turístico registou 2,2 milhões de hóspedes e 5,0 milhões de dormidas, correspondendo a subidas homólogas de 14,0% e 9,8%, respetivamente (+3,7% e +2,5% em outubro de 2024, pela mesma ordem).
O INE destaca o "aumento expressivo" das dormidas de residentes, que subiram 22,2% em novembro, após um aumento de 0,9% em outubro), correspondendo a 1,7 milhões, enquanto as dormidas dos não residentes registaram um "crescimento mais modesto", de 4,6%, após um incremento de 3,1% em outubro, totalizando 3,4 milhões.
Nos mercados externos, o britânico manteve-se como principal mercado emissor (quota de 14,7%), tendo crescido 0,3% em novembro, seguido da Alemanha (peso de 12,5%), que aumentou 2,1%.
As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em novembro (12,5% do total), aumentaram 2,1%, seguindo-se o mercado norte-americano na terceira posição (quota de 9,9%), com um crescimento de 11,2%.
Entre os 10 principais mercados emissores em novembro, o polaco destacou-se pelo maior aumento (+15,9%), seguido do canadiano (12,4%) e o dos Países Baixos (+11,9%). Em sentido contrário, o mercado francês registou o maior decréscimo (-3,6%).
Em novembro, todas as regiões registaram acréscimo de dormidas, tendo os maiores aumentos ocorrido no Centro (+24,6%), na Península de Setúbal (+19,3%), no Norte (+18,3%) e na Região Autónoma dos Açores (+16,4%).
O Algarve e a Grande Lisboa apresentaram os crescimentos mais baixos (+3,5% e +4,1%, respetivamente).
Segundo o INE, as dormidas de residentes registaram aumentos em todas as regiões, tendo sido mais expressivos na Madeira (+46,8%), no Centro (+29,9%), no Alentejo (+24,7%) e no Norte (+24,3%).
Já as dormidas de não residentes aumentaram em todas as regiões, com exceção do Alentejo (-2,5%), tendo os maiores acréscimos acontecido na Península de Setúbal (+21,9%) e nos Açores (+20,5%).
Os dados do INE apontam ainda que, em novembro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,32 noites) continuou a diminuir (-3,6%, após -1,2% em outubro).
Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,66 noites) e no Algarve (3,47 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,68 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,69 noites).
Em novembro, a estada média dos residentes (1,75 noites) aumentou 0,3% e a dos não residentes (2,76 noites) decresceu 3,6%, tendo esta última sido mais longa do que a dos residentes em todas as regiões.
A Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (5,13 noites), quer dos residentes (3,16 noites).
Quanto à taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (37,7%), aumentou 1,4 pontos percentuais em novembro, após ter recuado 0,2 pontos em outubro, enquanto a taxa líquida de ocupação-quarto (49,0%) cresceu 2,0 pontos percentuais (+1,1 pontos percentuais em outubro).
No mês em análise, os maiores crescimentos registaram-se na Península de Setúbal (+5,4 pontos percentuais) e no Centro (+4,0%) e o Algarve foi a única região a recuar neste indicador (-0,8 pontos percentuais).
As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na Madeira (63,5%), seguida da Grande Lisboa (51,0%), enquanto as mais baixas ocorreram no Alentejo (26,3%) e no Algarve (27,1%).
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